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Ministro do TCU e deputado do PT são alvos da Lava Jato

5 de dezembro de 2016

Inquérito apura se ex-senador Vital do Rêgo e deputado Marco Maia pediram contribuições financeiras para livrar empresários de depor na CPI da Petrobras, em 2014.

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Abzeichen der rasilianischen Bundespolizei
Foto: picture-alliance/dpa/M. Brandt

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta segunda-feira (05/12) a chamada Operação Deflexão, nova fase da Operação Lava Jato, que investiga o milionário escândalo de desvio de recursos da Petrobras.

Os mandados judiciais foram cumpridos em Brasília, na Paraíba e no Rio Grande do Sul, em endereços particulares, funcionais e empresariais ligados ao ex-presidente da Câmara dos Deputados Marco Maia (PT-RS) e ao ex-senador e ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Vital do Rêgo.

Maia e Rêgo foram relator e presidente, respectivamente, da CPI da Petrobras, instalada em 2014, e são acusados de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ambos têm foro privilegiado. Maia presidiu a Câmara entre 2011 e 2012.

É a primeira vez desde o começo das investigações sobre o esquema de corrupção na Petrobras que a PF realiza buscas na residência de um ministro do TCU. A ação tem o apoio do Ministério Público Federal e da Receita Federal.

De acordo com a PF, são nove mandados expedidos pelo ministro Teori Zavascki, do STF (Supremo Tribunal Federal), referentes ao inquérito que apura se os parlamentares solicitaram a empresários contribuições financeiras para que não fossem convocados a prestar depoimento na CPI. "Os executivos afirmam ter repassado valores superiores a R$ 5 milhões para evitar retaliações e contribuir para campanhas eleitorais", afirmou a PF.

O nome da operação faz referência ao verbo defletir, isto é, provocar mudança ou alteração no posicionamento normal de algo. Uma alusão, segundo a PF, ao fato de que, mediante propina, empreiteiros investigados passaram à condição de blindados de uma eventual responsabilização.

IP/efe/abr/ots