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Missão lunar russa fracassa após colisão de sonda

20 de agosto de 2023

Agência espacial russa perdeu controle da Luna-25, que entrou em órbita imprevisível e se chocou com a superfície da Lua. Nesta semana, Índia também tentará pousar sua sonda no satélite da Terra.

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Foguete com a bandeira da Rússia decolando
Sonda havia sido lançada no dia 11 de agostoFoto: Roscosmos/REUTERS

A primeira missão lunar da Rússia em 47 anos fracassou depois que sua sonda Luna-25 saiu do controle e se chocou contra a Lua.

A Roskosmos, a agência espacial estatal russa, disse que perdeu contato com a nave após a sonda ter sido colocada na órbita de pré-pouso no sábado (19/08).

"O aparelho entrou em uma órbita imprevisível e deixou de existir como resultado de uma colisão com a superfície da Lua", informou a Roskosmos em um comunicado.

"Durante a operação, ocorreu uma situação anormal a bordo da estação automática, que não permitiu que a manobra fosse realizada com os parâmetros especificados", disse a agência.

O fracasso da missão sublinha o declínio do poder espacial da Rússia desde seus dias de glória da Guerra Fria, quando Moscou foi a primeira a lançar um satélite para orbitar a Terra – o Sputnik 1, em 1957 – e o cosmonauta soviético Yuri Gagarin tornou-se o primeiro homem a viajar para o espaço em 1961.

A Rússia não tentava realizar uma missão lunar desde a Luna-24 em 1976, quando Leonid Brezhnev comandava o Kremlin.

O plano era que a Luna-25 realizasse um pouso suave no polo sul da Lua nesta segunda-feira, de acordo com autoridades espaciais russas. 

O polo sul lunar é de especial interesse para os cientistas, que acreditam que as crateras polares permanentemente sombreadas podem conter água. A água congelada nas rochas poderia ser transformada por futuros exploradores em ar e combustível para foguetes.

A Rússia concorre contra a Índia, cuja espaçonave Chandrayaan-3 está programada para pousar no polo sul da Lua nesta semana, e, de forma mais ampla, contra a China e os Estados Unidos, que têm ambições lunares mais avançadas.

bl (Reuters, AP)