Morre ex-ministro do Exterior alemão Klaus Kinkel
5 de março de 2019Morreu nesta segunda-feira (05/03) aos 82 anos o ex-ministro do Exterior da Alemanha Klaus Kinkel, um veterano político que exerceu diversos cargos no alto escalão do governo alemão.
Kinkel foi líder do Partido Liberal Democrático (FDP) entre 1993 e 1995 e ocupou o cargo mais alto da diplomacia alemã entre os anos de 1992 e 1998, durante o governo do chanceler federal Helmut Kohl. Ele ainda se tornaria o vice-chanceler de Kohl entre 1993 e 1998.
A chanceler federal alemã, Angela Merkel, lamentou a morte do ex-ministro, a quem chamou de "um companheiro fiel do tempo da reunificação alemã". "Klaus Kinkel era um excelente liberal e um defensor intransigente da liberdade e democracia".
Annegret Kramp-Karrenbauer, líder da União Democrata Cristã (CDU) Merkel e cotada para substituir a chanceler na chefia de governo, também lamentou a morte de Kinkel. "Líder do FDP, presidente do BND, ministro da Justiça, ministro do Exterior, vice-chanceler. Um grande liberal e democrata apaixonado nos deixou hoje. Seu conhecimento sobre a responsabilidade de nosso país permanecerá. Obrigada, Klaus Kinkel", afirmou Kramp-Karrenbauer no Twitter.
Kinkel nasceu em 1936 na cidade de Metzingen e obteve um doutorado em Direito em 1964. Ele começou sua carreira pública de mais de quatro décadas trabalhando como servidor público no estado de Baden-Württemberg, de onde partiu para o ministério do Interior em 1968.
Ele se tornou secretário pessoal e redator dos discursos do ex-ministro do Interior Hans-Dietrich Gensche, também do FDP. Durante muitos anos sua carreira esteva atrelada ao seu mentor, que também atuou como ministro do Exterior até 1992.
Antes de assumir o Ministério do Exterior, Kinkel foi o primeiro civil a chefiar o Serviço Federal de Informações (BND), a agência de inteligência do país, entre 1979 e 1982. Como ministro da Justiça entre 1991 e 1992, Kinkel esteve diretamente envolvido na reunificação alemã após a queda do muro de Berlim.
Mais tarde, como ministro do Exterior, ele contribuiu ara solucionar o conflito armado na região dos Bálcãs, na ex-Iugoslávia, e foi um dos defensores da integração europeia.
Ele atuou como parlamentar no Bundestag (Parlamento alemão) até 2002, quando se retirou da política para se dedicar a questões sociais e à família.
RC/dpa/afp
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