Fim do terror em Mumbai
29 de novembro de 2008Os locais tomados pelos terroristas por quase 60 horas na capital financeira da Índia começam a voltar ao normal. Os cadáveres das quase 200 vítimas foram removidos e os feridos encaminhados a hospitais. Apesar da devastação, a cidade começa a retomar a rotina. O Café Leopold, freqüentado por estrangeiros e onde foram mortas oito pessoas, anuncia que será reaberto neste domingo (30/11).
Na manhã deste sábado (29/11), forças de segurança indianas tomaram o hotel de luxo Taj Mahal e encerraram a onda de violência que dominou a cidade por vários dias. O comandante da unidade de elite NSG (National Security Guard), J. K. Dutt, afirmou que a situação no Taj Mahal está sob controle após os violentos combates que ainda aconteceram na manhã do sábado.
Três terroristas e um integrante das forças de segurança foram mortos na ação, disse Dutt. Um quarto terrorista foi preso. Dutt afirmou que a operação será encerrada apenas quando todos os quartos do hotel forem revistados. "Procuramos também hóspedes escondidos nos quartos."
Estrangeiros entre as vítimas
Segundo os números oficiais, ainda não definitivos, os atentados causaram a morte de 195 pessoas e feriram em torno de 300. Entre os mortos há mais de 20 estrangeiros, afirma a agência de notícias AFP. O Ministério indiano das Relações Exteriores confirmou apenas a morte de um alemão, embora a mídia noticie quatro cidadãos do país entre as vítimas.
A imprensa indiana reporta que ao menos 14 terroristas foram mortos pelas forças de segurança. Segundo o jornal Times of India, os ataques foram executados por 16 terroristas, mas agências internacionais dizem que o número pode variar entre 20 e 40.
O Times of India afirma que a maior parte dos terroristas vêm do Paquistão. Eles teriam vivido como estudantes em Mumbai alguns meses antes dos atentados e visitado com freqüência os dois hotéis de luxo atacados, o Taj Mahal e o Oberoi Trident.
Segundo a agência de notícias DPA, entre os mortos no centro judaico está o casal de rabinos Gavriel e Rivka Holtzberg. As demais vítimas seriam israelenses ou judeus norte-americanos, de acordo com informações fornecidas pelo ministério israelense das Relações Exteriores.