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MPF pede interdição de seis museus federais no Rio

12 de setembro de 2018

Ação solicita fechamento imediato de instituições que estão em situação irregular junto ao Corpo de Bombeiros, como era o caso do Museu Nacional. Entre eles estão o Museu da República e o Museu Histórico Nacional.

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Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro
Também afetado, o Museu Nacional de Belas Artes abriga a maior e mais importante coleção de arte brasileira do século 19Foto: Imago/imagebroker/K. Kozlowski

O Ministério Público Federal (MPF) pediu nesta segunda-feira (11/09) à Justiça Federal o fechamento imediato de seis museus federais no Rio de Janeiro que estão em situação irregular junto ao Corpo de Bombeiros. A interdição é tanto para funcionários como para visitantes.

As instituições afetadas são o Museu da República, o Museu Nacional de Belas Artes, o Museu Histórico Nacional, o Museu Villa-Lobos, o Museu da Chácara do Céu e o Museu do Açude.

Segundo o parecer do MPF, um levantamento do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram) apontou que nenhum dos seis possui o chamado Certificado de Aprovação emitido pelo Corpo de Bombeiros e, portanto, estão irregulares quanto à legislação vigente de segurança contra incêndio e pânico.

Esse certificado é o documento que atesta a conformidade das condições arquitetônicas de um prédio, bem como o cumprimento das medidas de segurança exigidas pela legislação, como extintores, caixas de incêndio, iluminação, portas corta-fogo, entre outras.

Na ação civil pública, o MPF entrou com um pedido de liminar para que "se imponha a imediata interdição das unidades museológicas ao público em geral, até que medidas de prevenção contra incêndio e pânico sejam implementadas, com efetivo fechamento das portas à visitação e aos funcionários e o desligamento de todo o sistema elétrico e hidráulico".

A ação pede ainda que, para cada um dos museus, seja criado um plano que "garanta a segurança elétrica e hidráulica, a fim de salvaguardar a integridade física de visitantes e funcionários, bem como o patrimônio histórico e cultural integrantes" dessas instituições.

Além disso, segundo a ação, os diretores dos museus interditados devem tomar providências para proteger as obras de arte, os documentos históricos e os demais objetos que compõem o acervo – seja no próprio museu ou, se for preciso, transferindo para um local mais seguro.

A promotoria pede que a União e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) destinem recursos para a elaboração e a implementação do plano de segurança, e que o Ibram fique a cargo de executar imediatamente esse plano.

A ação do MPF vem cerca de dez dias depois do incêndio que assolou o Museu Nacional, também no Rio, destruindo grande parte de seu acervo, composto por 20 milhões de peças e documentos. As causas do fogo ainda estão sendo investigadas.

O museu também não possuía o Certificado de Aprovação do Corpo de Bombeiros em dia, segundo informou a própria corporação. O órgão não esclareceu, contudo, por que a instituição continuou aberta à visitação mesmo estando em situação irregular, e afirmou que as visitas para inspeção deveriam ter sido solicitadas pelo órgão responsável pelo edifício.

EK/abr/ots

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