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SaúdeReino Unido

Mutação da variante britânica preocupa cientistas

10 de fevereiro de 2021

Cepas modificadas identificadas em Liverpool e Bristol guardam semelhanças com as variantes brasileira e sul-africana do novo coronavírus e são acompanhadas com atenção no Reino Unido.

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Modelo computadorizado do novo coronavírus
Modelo computadorizado do novo coronavírus, com a proteína spike em vermelhoFoto: Alexander Vasilyev/Zoonar/picture alliance

Formas modificadas da variante britânica do novo coronavírus, a B117, foram identificadas nas cidades de Bristol e Liverpool, anunciou nesta terça-feira (09/02), em Londres, um comitê científico que assessora o governo do Reino Unido.

As duas formas modificadas da variante britânica guardam semelhanças com as cepas identificadas na África do Sul e no Brasil e uma delas, a de Bristol, foi classificada como preocupante pelos cientistas.

Ambas têm a mutação E484K, que ocorre na proteína spike do vírus e é a mesma mudança verificada nas variantes sul-africana e brasileira. A variante britânica até então não tinha essa mutação, que é relacionada a uma menor resposta do sistema imunológico em pessoas que já foram infectadas.

As vacinas da Pfizer-Biontech e de Oxford-AstraZeneca se mostraram eficazes contra a variante britânica, sem a mutação E484K, mas há dúvidas sobre a eficácia do imunizante da AstraZeneca contra a variante sul-africana.

"Devido ao que já se sabe sobre a infecciosidade da B117, que é a variante dominante no Reino Unido, acompanhamos isso com preocupação", comentou a cientista Susan Hopkins, da agência de saúde pública da Inglaterra.

Os cientistas ressalvaram, porém, que a mutação E484K já apareceu e sumiu várias vezes desde abril do ano passado.

O Reino Unido registrou, até o momento, 76 casos dessas duas formas do coronavírus identificadas em Bristol e Liverpool.

as/lf (DPA, Reuters)