Número de atentados cai pela primeira vez desde 2012
3 de junho de 2016O número de ataques terroristas e de mortes consequentes caiu pela primeira vez desde 2012, de acordo com um relatório do Departamento de Estado dos EUA, divulgado nesta sexta-feira (03/06).
O levantamento americano contabilizou 11.774 ataques terroristas em 2015, um declínio de 13% em relação a 2014. Nestes atentados morreram 28.328 pessoas, uma queda de 14%.
No entanto, o Departamento de Estado dos EUA enfatiza em seu relatório que, apesar da diminuição de incidentes, a ameaça global de terrorismo continuou a crescer rapidamente em e está se tornando cada vez mais difusa e descentralizada.
A queda do número de ataques e mortes se deve principalmente ao menor número de atentados em Iraque, Paquistão e Nigéria, de acordo com o relatório. Por outro lado, o levantamento destacou também que o número de ataques terroristas e mortes aumentou em diversos países em 2015, como Afeganistão, Bangladesh, Egito, Filipinas, Síria e Turquia.
Mais de 55% de todos os ataques ocorreram em Iraque, Afeganistão, Paquistão, Índia e Nigéria, enquanto 74% das vítimas de ataques terroristas perderam suas vidas em Iraque, Afeganistão, Nigéria, Síria e Paquistão.
Maior ameaça: "Estado Islâmico"
O relatório americano destacou a organização extremista "Estado Islâmico" (EI), classificando-a como a maior ameaça terrorista no mundo, uma vez que manteve sua força no Iraque e na Síria, incluindo um grande número de combatentes estrangeiros.
Mas o texto do Departamento de Estado dos EUA também diz que as capacidades do grupo estão começando a se deteriorar. "Desde maio, o EI não teve uma vitória significativa no campo de batalha no Iraque e na Síria. No final de 2015, 40% do território controlado pelo EI no começo daquele ano tinham sido libertados."
O Departamento de Estado americano advertiu, porém, que, mesmo que o "Estado Islâmico" tenha perdido territórios no Iraque e na Síria, o grupo terrorista obteve ganhos na Líbia, um país que atualmente sofre com crises sócio-econômicas e instabilidade diversos setores do poder público.
PV/dpa/afp