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O que se sabe sobre o ataque em Londres

4 de junho de 2017

Polícia prende 12 suspeitos de ligação com atentado em Barking, no leste da capital britânica. Atentado na Ponte de Londres e no Borough Market deixou sete mortos e 48 feridos, 21 dos quais em estado grave.

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Suspeitos avançaram com van contra pedestres na Ponte de LondresFoto: Getty Images/C. Court

Um ataque terrorista no centro de Londres na noite deste sábado (03/06) deixou sete mortos e 48 feridos. Três homens em uma van avançaram contra pedestres na Ponte de Londres (London Bridge), uma das principais vias da capital britânica. Na sequência, eles se dirigiram ao Borough Market, mercado de produtos alimentícios na região, e esfaquearam pessoas que se encontravam no local.

O que se sabe até o momento:

Identidade dos terroristas 

Os três tiveram seus nomes revelados: Khuram Shazad Butt, de 27 anos, Rachid Redouane, de 30 anos, e Youssef Zaghba, de 22 anos.  

Segundo a Scotland Yard, Butt era um cidadão britânico nascido no Paquistão e já era conhecido das autoridades a polícia há dois anos – a corporação, no entanto, informou que não havia indicações de que ele estava prestes a cometer um atentado.

O jornal The Guardian informou ainda que ele era um apoiador do grupo islâmico al-Muhajiroun, que foi banido do Reino Unido em 2010. Butt apareceu em 2016 num documentário da emissora Channel 4 sobre extremistas britânicos intitulado The Jihadis Next Door.

Já Redouane tinha nacionalidade marroquina e líbia. Ele também usava o nome Rachid Elkhdar – sob qual estava listado com 25 anos de idade – e morava num complexo habitacional não muito longe da residência de Butt.

Zaghba era um cidadão ítalo-marroquino de 22 anos. Autoridades britânicas afirmaram que ele não estava no radar policial ou da inteligência. Mas a imprensa italiana relatou que ele foi impedido de viajar à Síria pela polícia italiana em 2016. Na época, a polícia encontrou vídeos de propagando do grupo jihadista "Estado Islâmico" (EI) em seu smartphone.

Neste domingo (04/06), 12 suspeitos de ligação com o atentado foram detidos em Barking, na zona leste de Londres, onde está localizado o apartamento de um dos autores do ataque. A polícia realizou buscas também no distrito de East Ham, no leste de da capital britânica. Dos detidos, um homem de 55 anos foi liberado. 

Agressores

Na manhã de domingo, a comissária da Polícia Metropolitana de Londres, Cressida Dick, afirmou que o "incidente está sob controle". Os três suspeitos foram mortos pela polícia no Borough Market, oito minutos após o início do ataque. Eles vestiam coletes com cilindros de metal para forjar explosivos. Um dos homens teria gritado "Isso é por Alá". O grupo "Estado Islâmico" (EI) reivindicou a autoria do atentado. 

May se pronuncia

A primeira-ministra britânica, Theresa May, defendeu um plano com quatro áreas prioritárias para combater a ideologia do extremismo islâmico, entre elas o aumento da vigilância na internet por meios de acordos internacionais para combater o terrorismo e revisar estratégia anti-terrorismo para prover a polícia e os serviços de inteligência com todo aparato necessário. O nível de alerta para terrorismo permanece em "severo". 

May pede união contra o terrorismo

Vítimas

O Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (NHS) informou que dos 48 feridos admitidos em diversos hospitais em Londres, 21 permanecem em situação crítica.

O governo do Canadá informou que uma cidadã do país está entre os mortos no atentado em Londres. Em comunicado, o primeiro-ministro Justin Trudeau disse que "condena veementemente o ataque" e afirma estar "de coração partido" com a morte de um canadense durante o atentado na capital britânica.

O ministro do Interior da Alemanha, Thomas de Maizière, informou que dois alemães estão entre os feridos no atentado. Ele enalteceu o trabalho das forças de segurança britânicas, que, segundo afirmou, "evitaram o que poderia ter sido um banho de sangue muito pior".

O governo francês confirmou que entre os feridos estão ao menos quatro cidadãos franceses, um deles em estado grave. O governo da Austrália disse que dois australianos também foram feridos no ataque.

O comissário assistente de polícia Mark Rowley disse que um civil ficou ferido ao ser atingido um dos tiros disparados pelos policiais que tentavam deter os autores do atentado. Ele afirmou que a pessoa alvejada não estaria em estado grave e que haverá uma investigação independente sobre o ocorrido. Rowley justificou a ação dizendo que, naquele momento, os terroristas já haviam matado alguns cidadãos e "tinham que ser detidos imediatamente".

Eleições gerais mantidas

Os partidos políticos britânicos cancelaram as atividades nacionais de campanha, que foram retomadas nesta segunda-feira. As eleições gerais no Reino Unido estão marcadas para 8 de junho e não serão adiadas, anunciou May. 

Terceiro ataque recente

Esse é o terceiro ataque terrorista no Reino Unido apenas neste ano. Em 22 de março, um homem jogou um veículo contra um grupo de pedestres nos arredores do Parlamento britânico, em Londres, matando quatro pessoas e deixando 50 feridas.

Em 23 de maio, um britânico de origem líbia fez um ataque suicida em Manchester, durante o show da cantora Ariana Grande. A explosão deixou 22 mortos e mais de 60 feridos. Mais da metade das vítimas era menor de 16 anos. Foi o ataque terrorista mais mortal no Reino Unido desde os atentados de 7 de julho de 2005, em Londres.

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