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Obama encerra programa de apoio a rebeldes sírios

9 de outubro de 2015

Segundo "New York Times", governo americano decidiu cortar auxílio de 500 milhões de dólares destinado a treinar e equipar opositores do regime de Assad. "Estado Islâmico" estaria ganhando território, apesar de ataques.

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Rebeldes sírios em atividade nos arredores de Damasco
Foto: Reuters/B. Khabieh

Os Estados Unidos suspenderam o programa de 500 milhões de dólares do Pentágono para treinar rebeldes sírios que lutam contra o regime de Bashar al-Assad, publicou o diário The New York Times nesta sexta-feira (09/10). O jornal cita fontes do governo Barack Obama.

Em Londres, o secretário de Defesa dos EUA, Ashton Carter, confirmou que Obama está definindo uma reformulação na abordagem do governo no apoio a rebeldes sírios. Ele disse que Obama falará em breve sobre as mudanças no Pentágono em relação a programas de treinamento e fornecimento de equipamento não letal aos rebeldes.

"Acho que ouviremos em breve dele sobre as propostas que ele tem aprovado e com as quais vamos prosseguir", garantiu o secretário da Defesa em coletiva de imprensa.

Em maio, o Exército americano começou a treinar ao menos 5.400 combatentes, no que foi visto como um teste da estratégia de Obama de ter parceiros locais combatendo extremistas muçulmanos e manter as tropas americanas fora das frentes de combate.

General iraniano é morto na Síria

Nesta sexta-feira, a Guarda Revolucionária do Irã informou que um dos seus generais foi morto perto de Aleppo, na Síria. Hussein Hamedani estava aconselhando o Exército sírio na luta contra a organização extremista "Estado Islâmico" (EI). O Irã é o aliado regional mais importante de Assad, apoiando-o militar e economicamente na guerra civil.

No entanto, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, o EI teve recentemente o maior ganho territorial em meses, apesar das operações militares da Síria e ataques aéreos de países ocidentais e da Rússia. Segundo a organização com sede no Reino Unido, os extremistas ocuparam ao norte de Aleppo diversas cidades anteriormente controladas por rebeldes. Com isso, os extremistas se aproximaram de áreas sob controle do regime de Assad.

Os jihadistas do EI, desta forma, estão a apenas dois quilômetros de uma área industrial ao norte de Aleppo, que ainda está sob controle de forças do governo. No entanto, as informações fornecidas pelo Observatório, que conta com uma rede de informantes na Síria, não podem ser verificadas por entidades independentes.

O suposto avanço do "Estado Islâmico" é divulgado dois dias depois do início de uma campanha militar terrestre do Exército sírio contra grupos rebeldes. Os militares sírios estão recebendo apoio de ataques aéreos da Rússia.

Na quarta-feira, o regime e seus aliados começaram um grande ataque ao norte da cidade de Hama. Há mais de uma semana, Moscou tem realizado ataques aéreos na Síria. De acordo com o Kremlin, os bombardeios visam somente atingir alvos do "Estado Islâmico".

PV/afp/rtr/dpa