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Obama: "Estado Islâmico" será derrotado

12 de fevereiro de 2015

Presidente pede ao Congresso que autorize ações militares terrestres contra os jihadistas no Oriente Médio, mas descarta grandes operações e fala em situações pontuais.

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Biden, Kerry e Hagel acompanham Obama durante pronunciamentoFoto: picture-alliance/epa/M. Reynolds

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu nesta quarta-feira (11/02) que o Congresso americano autorize ações militares contra o grupo extremista "Estado Islâmico" (EI). O líder americano, no entanto, afirmou que seus planos não incluem grandes operações terrestres, como as ocorridas no Iraque e Afeganistão.

"Estou convencido de que os Estados Unidos não serão arrastados para mais uma prolongada guerra terrestre no Oriente Médio", disse o presidente, acrescentando que está pronto para enviar forças especiais apenas em situações concretas.

Obama garantiu que o "Estado Islâmico" será derrotado, acrescentando que a coalizão internacional está na "ofensiva", enquanto os jihadistas estão na "defensiva". Ele falou na Casa Branca, ao lado do vice-presidente, Joe Biden, e dos secretários de Estado, John Kerry, e da Defesa, Chuck Hagel.

As declarações foram dadas após Obama ter enviado ao Congresso um pedido de autorização para o uso de força militar na campanha contra o EI. A autorização vale por três anos, não contempla invasão e ocupação em larga escala e prevê o uso de operações militares terrestres limitadas, em situações como o resgate de um cidadão americano ou perseguição a um líder terrorista.

Base legal

Equivalente a uma declaração de guerra, a medida permitiria que Obama levasse adiante a luta contra o grupo jihadista, apoiado numa firme base legal. A proposta é um sinal de aumento da pressão dos EUA sobre o EI, que domina grande parte da Síria e do Iraque, onde vêm sendo realizados ataques aéreos desde meados do ano passado.

Ainda de acordo com a proposta, o presidente também pretende revogar a medida que autorizou a Guerra do Iraque, em 2002. Mas a atual proposta mantém uma autorização de 2001, aprovada pouco depois do 11 de Setembro, para uma campanha contra a Al Qaeda e suas ramificações.

A proposta de Obama precisa ser aprovada pelas duas casas do Congresso – Senado e a Câmara dos Representantes.

CN/ap/afp/lusa