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Obama pede investigação de ataques virtuais durante eleição

10 de dezembro de 2016

Presidente americano ordena apuração completa sobre intervenções estrangeiras no país durante período eleitoral. Relatório deve ser entregue antes de ele deixar o cargo. EUA acusam Rússia de estar por trás das invasões.

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Deutschland Pressekonferenz vom US-Präsident Obama in Berlin
Foto: picture-alliance/dpa/K. Nietfeld

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, pediu às agências de inteligência do país "uma investigação completa" dos ataques virtuais e intervenções estrangeiras durante as eleições de 2016, informou nesta sexta-feira (09/12) a assessora para assuntos de segurança nacional, Lisa Monaco.

A conselheira afirmou que Obama espera um relatório das agências sobre o caso antes de 20 de janeiro, dia em que ele deixa a presidência, e assume o republicano Donald Trump. Segundo ela, os resultados serão compartilhados com parlamentares e uma "ampla gama de interessados".

O porta-voz da Casa Branca Eric Schultz disse que a investigação fará um "mergulho profundo" na busca por um padrão de ataques virtuais em períodos eleitorais ao longo de vários anos, desde 2008.

"Vamos analisar todos os atores estrangeiros e suas tentativas de influenciar as eleições", afirmou Schultz, destacando que interferências estrangeiras "não têm lugar na comunidade internacional". Ele completou que a entrega do relatório ainda na gestão Obama é "a principal prioridade".

No início de outubro, o governo americano acusou formalmente a Rússia de uma série de ataques virtuais contra pessoas e instituições do país, incluindo o Comitê Nacional do Partido Democrata. A suposta invasão por parte de Moscou teria o objetivo de interferir nas eleições de 8 de novembro.

Na época, Obama declarou ter alertado o presidente russo, Vladimir Putin, sobre as consequências dos ataques. A Rússia sempre negou participação, classificando a acusação como "absurda".

O deputado democrata Adam Schiff, membro do comitê de segurança da Câmara dos Representantes americana, reforçou que a investigação deve ocorrer antes de Trump assumir o governo, "dada sua preocupante recusa em aceitar que o ataque foi orquestrado pelo Kremlin", afirmou em nota.

Trump, eleito em novembro para ocupar a Casa Branca, afirmou não estar convencido de que a Rússia esteve por trás dos ataques virtuais contra os Estados Unidos. "Não acredito que eles tenham interferido", disse o magnata à revista Time, que o elegeu personalidade do ano nesta semana.

EK/ap/dpa/lusa/rtr