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OMS: Covid-19 pode matar mais 700 mil na Europa até março

23 de novembro de 2021

Organização Mundial da Saúde prevê que ressurgimento da pandemia deve elevar total de mortos pela doença na região para 2,2 milhões dentro dos próximos quatro meses, caso a tendência atual se mantenha.

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Enfermeira e paciente em unidade de tratamento intensivo
Europa soma atualmente cerca de 1,5 milhão de mortos pelo coronavírusFoto: REUTERS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou nesta terça-feira (23/11) que o ressurgimento da pandemia do coronavírus na Europa causará 700 mil mortes adicionais até março se a tendência atual se mantiver. 

Através de comunicado, a entidade divulgou a previsão de que os serviços de terapia intensiva estejam sob pressão alta ou extrema "em 49 dos 53 países que compõem a região europeia até 1º de março de 2022", quando as mortes acumuladas deverão superar os 2,2 milhões. Até agora, 1,5 milhão de pessoas morreram na região devido à covid-19.

Para a OMS, o aumento de casos na Europa deve-se a vários fatores: o domínio da contagiosa variante delta, a flexibilização de restrições, a queda das temperaturas e o consequente aumento das reuniões em ambientes fechados, e o grande número de pessoas ainda não vacinadas.

Mortes diárias dobraram desde setembro

Segundo dados oficiais, as mortes ligadas ao coronavírus dobraram desde o final de setembro na Europa, passando de 2.100 por dia para cerca de 4.200, em média.

"A situação na Europa e na Ásia Central é muito grave. Estamos diante de um inverno repleto de desafios", disse o diretor da OMS para a Europa, Hans Kluge, pedindo, além da vacinação, medidas de prevenção, como o uso de máscara, higiene e distanciamento físico.

"Para conviver com esse vírus e continuar com nossas vidas diárias, precisamos de uma abordagem que exceda à vacina. Isso significa receber as doses padrão e um reforço, se oferecido, mas também incorporar medidas preventivas em nossas rotinas", ressaltou Kluge.

Segundo a OMS, o uso da máscara reduz a incidência da doença em 53%. Se seu uso fosse generalizado, mais de 160 mil mortes poderiam ser evitadas até 1º de março, segundo a entidade, que também recomendou uma dose de reforço da vacina anticovid para aumentar a eficácia da imunização.

Na Europa, 53,5% da população total já completou o esquema vacinal, mas há grandes diferenças entre os países: enquanto em alguns a taxa não chega a 10%, em outros, ultrapassa os 80%.

md/lf (AFP, EFE)