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OMS aprova uso emergencial da Coronavac contra a covid-19

1 de junho de 2021

Imunizante é o mais aplicado contra o coronavírus no Brasil. É a sexta vacina e a segunda de fabricação chinesa a ser aprovada pela OMS para uso emergencial.

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Pessoa enfia agulha de seringa em uma ampola
A Coronavac é produzida no Brasil pelo Instituto Butantan, em cooperação com o laboratório chinês SinovacFoto: Rodrigo Paiva/Getty Images

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aprovou nesta terça-feira (01/06) o uso emergencial da Coronavac, a vacina contra a covid-19 produzida pelo laboratório Sinovac. Este é o segundo imunizante de fabricação chinesa a receber sinal verde da entidade depois da desenvolvida pela Sinopharm no início de maio.

A vacina da Sinovac "atende aos padrões internacionais de segurança, eficácia e fabricação", disse a OMS em um comunicado. Na nota, a organização observou que seus assessores técnicos visitaram as instalações do laboratório de Pequim antes de emitir a decisão.

A Coronavac é a sexta a entrar na lista de uso de emergência, depois das vacinas da Pfizer, Moderna, AstraZeneca, Johnson & Johnson e Sinopharm.

Os imunizantes da Sinopharm e da Sinovac são também as primeiras vacinas contra a covid-19 aprovadas pela OMS sem antes haver uma decisão semelhante da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) ou da Administração de Alimentos e Medicamentos dos Estados Unidos (FDA).

A EMA anunciou no início do mês passado que iniciou a análise de segurança e eficácia do medicamento. Eventual aprovação pela União Europeia poderia facilitar a entrada de brasileiros em países do bloco. 

Consórcio Covax

A aprovação para uso emergencial dá a essas vacinas a possibilidade de entrar no consórcio Covax, criado pela OMS em cooperação com outras agências para distribuir doses equitativas e de baixo custo de vacinas contra a covid-19 em todo o mundo.

Em sua decisão, a OMS destaca que o produto da Sinovac é uma vacina de vírus inativo, fácil de armazenar e transportar, e seus especialistas recomendam seu uso em pessoas maiores de 18 anos, que devem receber duas doses com intervalo entre duas e quatro semanas.

Eficácia

Estudos realizados pelo Instituto Butantan, que produz a CoronaVac no Brasil, indicam que sua eficácia geral é de 50,39% na redução de casos sintomáticos de covid-19, embora a porcentagem aumente até 100% para casos graves e aqueles que requerem hospitalização.

A Coronavac é a vacina contra covid-19 mais aplicada no Brasil, correspondendo a cerca de 70% dos imunizantes contra o coronavírus utilizados até agora no país, segundo dados do Ministério da Saúde.

Por outro lado, conselheiros da OMS alertam que não existem dados sobre a eficácia da vacina em pessoas com mais de 60 anos, visto que poucos acima dessa idade participaram de testes clínicos, embora isso não os leve a recomendar uma idade máxima para seu uso, já que nas campanhas de vacinação o inoculante tem se mostrado eficaz em pessoas mais velhas.

md (EFE, ots)