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OMS declara Libéria livre de ebola

9 de maio de 2015

País não registra novos casos da doença há 42 dias, mas deve manter alerta até que epidemia chegue ao fim na Guiné e em Serra Leoa. Surto do vírus matou mais de 11 mil pessoas na África Ocidental.

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Foto: picture-alliance/dpa/J. Moore

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a Libéria livre de ebola neste sábado (09/05). Há 42 dias o país africano não registra novos casos do vírus, cuja atual epidemia matou mais de 11 mil pessoas na África Ocidental.

"A Libéria está hoje livre de ebola. Comemoramos esta vitória", anunciou o ministro liberiano da Informação, Lewis Brown, na emissora de rádio estatal. A presidente Ellen Johnson Sirleaf disse que, para alguns sobreviventes da epidemia, "levará uma geração para curar a dor e o sofrimento".

No auge do surto do vírus, entre agosto e outubro do ano passado, a Libéria registrava centenas de novos casos por semana. Mais de 4,7 mil pessoas morreram da doença no país. O período de 42 dias sem novas ocorrências corresponde ao dobro do tempo máximo de incubação do vírus.

Os EUA enviaram centenas de soldados ao país africano para ajudar a construir centros de tratamento, o que foi visto como de suma importância na batalha contra a epidemia. Também foi fundamental uma campanha de conscientização lançada pelo governo da Libéria.

Entretanto, a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF) pediu que o país continue em alerta até que o surto da doença também chegue ao fim nas vizinhas Guiné e Serra Leoa, onde novos casos ainda foram registrados na última semana.

Mariateresa Cacciapuoti, chefe da missão da MSF na Libéria, disse que o país deve reforçar o controle nas fronteiras. O enviado especial da ONU David Nabarro disse que as autoridades liberianas prometeram manter vigilância máxima por ao menos um ano.

A resposta internacional ao surto de ebola na África Ocidental, que teve início em dezembro de 2013, foi alvo de críticas, sendo considerada muito devagar e ineficiente. A presidente liberiana disse que a pior epidemia do vírus da história é "uma cicatriz na consciência do mundo".

LPF/rtr/ap/dpa