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ONU alerta que 2015 poderá ser ano mais quente já registrado

25 de novembro de 2015

Com base em dados dos primeiros dez meses, aumento da temperatura média do planeta poderá ser de 1 grau Celsius em relação aos níveis pré-industriais, o equivalente à metade do limite máximo definido para 2100.

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Symbolbild Sonne
Foto: Colourbox/I. Goncharenko

Com base em dados dos primeiros dez meses do ano, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) alertou nesta quarta-feira (25/11) que 2015 poderá ser o ano mais quente já registrado desde a era pré-industrial, com a temperatura média global ficando 1 grau Celsius acima dos níveis observados entre 1880 e 1899.

Esse aumento de temperatura é provocado pelo aquecimento global e a intensidade do fenômeno climático El Niño. "Estamos muito seguros de que 2015 será o ano mais quente já registrado", afirmou o secretário-geral da OMM, Michel Jarraud.

A agência registrou temperaturas recordes em várias partes do planeta este ano. O relatório da agência da ONU afirma ainda que os anos de 2011 a 2015 representam o período quinquenal mais quente já registrado. De acordo com Jarraud, a análise de períodos mais longos mostra claramente uma "tendência sistemática" de aquecimento.

Além do aquecimento global, as temperaturas na superfície de oceanos também bateram recordes em 2015, e a concentração de gases do efeito estufa na atmosfera ultrapassou, pela primeira vez, o nível de 400 partes por milhão (ppm).

A OMM também registrou um aumento de temperatura no fundo do mar, pois os oceanos absorvem mais de 90% da energia acumulada no sistema climático e oriunda das emissões de gases do efeito estufa. A agência também afirmou que o nível dos mares no primeiro semestre do ano aparentemente foi o maior já registrado desde o início das observações com satélites, em 1993.

"Essas são todas notícias ruins para o planeta", lamentou Jarraud. O aumento médio de 1 grau em 2015 equivale à metade do limite máximo de 2 graus Celsius de aquecimento médio global até 2100. "Essa é uma grande preocupação", ressaltou Jarraud, afirmando que, no entanto, a meta ainda é viável. Porém, "quanto mais esperarmos, mais difícil será".

CN/dpa/afp/lusa