ONU: Apesar de perdas, EI ainda representa séria ameaça
11 de agosto de 2017Um relatório divulgado pelo Conselho de Segurança da ONU nesta quinta-feira (10/08) aponta que o grupo "Estado Islâmico" (EI) está se adaptando à pressão militar no Iraque e Síria e, apesar dos intensos bombardeios da coalizão internacional liderada pelos Estados Unidos, os jihadistas ainda representam uma séria ameaça ao Oriente Médio e a outras partes do mundo.
Novas evidências apresentadas por especialistas ao Conselho de Segurança indicam que a estrutura de comando e controle do grupo extremista não foi destruída completamente. Um exemplo disso é a tentativa do grupo de retomar a cidade iraquiana de Mossul, que foi retomada por forças iraquianas com o apoio dos EUA em julho.
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De acordo com o documento, responsabilidades têm sido delegadas a comandantes locais, e o grupo passou a criptografar suas comunicações. Além disso, os jihadistas têm construído seus próprios drones, visando espionagem e bombardeios.
Apesar de a situação financeira do grupo ter ficado mais precária, o EI ainda consegue fundos a partir de lucros do petróleo e cobrança de impostos das populações locais sob seu controle.
O grupo também recebe remessas a partir do exterior, o que lhe garante condições de "motivar e possibilitar" ataques terroristas internacionais, particularmente, na Europa, que ainda desempenha um papel-chave para os jihadistas. As transferências são difíceis de serem detectadas, porque frequentemente os valores são pequenos.
Diante da perda de território na Síria e no Iraque, o grupo terrorista tem tentado expandir sua influência para o Sudeste Asiático, como as Filipinas, diz o relatório.
Jihadistas que combateram na Síria e Iraque e retornam para seus países de origem, muitos deles menores de idade, representam uma ameaça. Segundo os especialistas, os que retornam requerem "atenção especial e estratégias que levem em conta proteções legais oferecidas a menores de idade".
KG/afp/ots