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Organização contra as armas químicas ganha o Nobel da Paz

11 de outubro de 2013

Opaq assumiu a missão de destruir arsenal químico na Síria. "Recentes acontecimentos no país tornaram evidente a necessidade de aumentar os esforços para eliminar essas armas", afirmou secretário do Comitê do Nobel.

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Sede da Organização para a Proibição de Armas Químicas em HaiaFoto: picture-alliance/dpa

O Comitê norueguês do Nobel anunciou nesta sexta-feira (11/10) que a Organização para a Proibição de Armas Químicas (Opaq) é a ganhadora do Prêmio Nobel da Paz de 2013. "Através da atribuição desse prêmio, o Comitê pretende contribuir para a eliminação das armas químicas" no mundo, afirma o comunicado oficial.

Desde 1997, a Opaq é responsável pela aplicação da Convenção sobre Armas Químicas, que busca a destruição de todos os arsenais desse tipo nos países signatários. A organização foi dirigida pelo diplomata brasileiro José Maurício Bustani de sua fundação até 2012, quando divergências com o governo dos EUA o afastaram do posto.

"Os recentes acontecimentos na Síria, onde voltaram a ser usadas armas químicas, tornaram evidente a necessidade de aumentar os esforços para eliminar estas armas", afirmou Thorbjorn Jagland, secretário do Comitê do Nobel.

Os especialistas da Opaq, com sede em Haia, estão ajudando na destruição do arsenal de armas químicas na Síria. Um acordo russo-americano, firmado no mês passado, estabelece que todas as armas químicas do país devem ser eliminadas até meados de 2014.

A organização receberá o prêmio equivalente a cerca de 1,25 milhão de dólares numa cerimônia em Oslo, no dia 10 de dezembro, aniversário da morte do industrial sueco Alfred Nobel, que determinou a criação dos prêmios em seu testamento, em 1895.

Uma das favoritas para receber o prêmio neste ano era a jovem paquistanesa Malala, de 16 anos. A ativista, que sobreviveu a um atentado da milícia Talibã, luta pelo direito de meninas e mulheres à educação. A União Europeia (UE) foi a vencedora do Nobel da Paz em 2012.

MAS/lusa/rtr