Os principais candidatos sob vários ângulos
Quem vai ser o próximo chanceler federal?
Mesmo que só a CDU e o SPD acreditem seriamente que irão indicar o próximo chanceler federal após as eleições de 22 de setembro, todos os partidos têm seus candidatos principais, que os representam na campanha eleitoral. Apresentamos aqui alguns deles, não só com seu lado lado oficial, mas também um pouco de suas vidas privadas.
Na cúpula do poder
Há oito anos, Angela Merkel (59 anos) governa a Alemanha. Sua carreira política começou em 1989, no Leste alemão, no primeiro partido democrático da então ainda Alemanha Oriental. Depois, filiou-se à União Democrata Cristã (CDU). Como chefe de governo, ela reverteu posições fundamentais do partido, aprovando o fim do serviço militar obrigatório e o abandono da energia nuclear.
Caminhadas, cozinha e governo
Em seu tempo livre, a provavelmente mulher mais poderosa do mundo gosta de estar na natureza. Fazer caminhadas com seu marido e cozinhar são suas ocupações prediletas. Angela Merkel nasceu em Hamburgo e cresceu na Alemanha Oriental, onde estudou Física. "As Ciências Naturais eram minha preferência porque os líderes da RDA não podiam interferir muito nas leis da natureza", diz Merkel em seu site.
Candidato forte...
Peer Steinbrück (66 anos), candidato dos social-democratas (SPD), afirma que "nunca mais" quer governar junto de Angela Merkel. Entre 2005 e 2009, ele foi ministro das Finanças no governo de coalizão entre SPD e CDU. Na atual campanha eleitoral, o economista defende a introdução do salário mínimo no país e um freio compulsório para aluguéis. E faz isso usando muita ironia e provocação.
Trajetória marcada pela estratégia
Desde quando tinha seis anos de idade, Peer Steinbrück joga xadrez. Quando não está enfrentando algum campeão mundial, desafia o computador. O candidato do SPD ao posto de chanceler federal descreveu certa vez o xadrez como um jogo no qual se pode tentar ser melhor que o adversário. "Mas desde que meus duelos são contra o computador, isso não tem mais sentido", diz ele.
Liderança dupla desigual
A intenção dos verdes com dois candidatos de proa é atingir mais eleitores: Katrin Göring-Eckardt (47 anos) é mais de centro; Jürgen Trittin (59 anos) vem da ala à esquerda do partido. Ela vem do leste do país; ele, do oeste. Ambos reivindicam uma tributação mais alta para os ricos e os dois foram eleitos pelos membros do partido.
No meio dos acontecimentos
Molhar-se no rio não importa muito ao candidato verde Jürgen Trittin, cuja canoa afundou durante um ato de campanha eleitoral. O ex-ministro do Meio Ambiente está acostumado a estas situações ao ar livre. Ele participa de manifestações para defender a proteção ambiental ou combater o racismo. Sobre sua vida privada, o cientista social não gosta de dar detalhes.
A bailarina verde
Katrin Göring-Eckhardt aprendeu a dançar com o pai, proprietário de uma escola de dança na ex-Alemanha Oriental. Ela participava até mesmo de competições e desde então não teme grandes aparições em público. Bom pré-requisito para a candidata, mãe de dois filhos, que ao mesmo tempo é presidente do sínodo da Igreja Luterana alemã.
Economia, Brüderle
Rainer Brüderle (66 anos), candidato do FDP, é estreitamente ligado à economia. Desde suas primeiras atividades políticas em Mainz até seu cargo de ministro da Economia do governo Merkel, os assuntos de econômicos marcam sua trajetória. Depois que o FDP perdeu votos nas eleições estaduais, Brüderle renunciou em 2011 aos cargos que ocupava e se tornou líder da bancada liberal no Bundestag.
Sigilo sobre a vida privada...
Em meados de junho, Rainer Brüderle quebrou uma perna e um braço numa queda. A recuperação, em plena campanha eleitoral, deixou o político de 68 anos irritado porque durou semanas. Brüderle é um político de corpo e alma, mas sobre sua vida privada pouco se sabe, exceto que é casado, de religião luterana e que vive em Mainz.
A Esquerda e a mais esquerdista
A vice-líder Sahra Wagenknecht (44 anos) e o líder Gregor Gysi (65 anos) na verdade não se gostam muito. E não querem de forma alguma trabalhar juntos. Mesmo assim, os dois principais nomes do partido A Esquerda conduzem juntos a campanha eleitoral. E para que não briguem de fato, contam com o apoio de outros seis candidatos.
Vida privada
Sarah Wagenknecht é uma pessoa solitária, mas vive com Oskar Lafontaine, ex-líder do partido A Esquerda. Nascida na Alemanha Oriental, é filha de um iraniano com uma alemã. Em maio de 1989, entrou para o SED, partido único alemão-oriental. Embora mais tarde tenha relativizado, ela já disse que o Muro de Berlim foi um mal necessário e que a Alemanha Oriental era melhor que a Ocidental.
Retórica brilhante
Quando criança, em Berlim Oriental, Gregor Gysi dublava comédias soviéticas. Hoje, prefere falar sobre teatro, ler ensaios ou ouvir música clássica. De 1989 a 93, presidiu o partido SED e seu sucessor, o PDS. Foi vice-prefeito de Berlim e cuidou das pastas de Economia, Trabalho e Mulheres. Como um dos poucos advogados autônomos na Alemanha Oriental, defendeu muitos críticos do regime e dissidentes