"Os últimos Jedi": o melhor "Star Wars" até agora
13 de dezembro de 2017Sob a liderança do vilão Líder Supremo Snoke, a Primeira Ordem tornou-se poderosa demais e pretende dominar a galáxia. Os rebeldes, encabeçados pela general Leia Organa, fogem desesperadamente, tendo nos calcanhares a frota de Hux, o general de Snoke. Mas acabam por escapar, graças ao ousado piloto Poe Dameron.
No entanto, a caçada espacial segue sendo um empreendimento perigoso e caro. A Primeira Ordem mantém a vantagem – até que dois dos rebeldes saem em sua própria missão especial secreta.
Nesse meio tempo, a jovem Rey, que vive na inóspita ilha Ahch-To, tenta persuadir o último Jedi remanescente, Luke Skywalker, e ajudá-la e, consequentemente, ajudar os rebeldes. No processo, Rey também está buscando a própria identidade. Repetidamente ela se conecta mentalmente com Kylo Ren, outro vassalo do malvado Snoke e antigo discípulo Jedi. Inspirado por Darth Vader, ele se voltou para o lado mau da Força, porém Rey ainda acredita em sua bondade.
A estreia mundial de Star Wars: Os últimos Jedi, em 9 de novembro de 2017, em Los Angeles, encantou tanto os fãs quanto os críticos de cinema. O oitavo episódio, que já foi celebrado como o melhor da saga espacial, estreia no Brasil nesta quinta-feira (14/12).
Mantendo a tradição de se contratar os mais destacados cineastas de ficção científica, o diretor e roteirista Rian Johnson (Breaking Bad, Looper: Assassinos do futuro) é quem assina o novo episódio da saga, que já completou 40 anos.
Mais uma vez, os fãs podem contar com espetaculares cenas de ação e batalha, no espaço e num planeta de paisagem inusitada e altamente impressionante. Como de costume, os diálogos espirituosos e as referências aos filmes anteriores farão a alegria dos iniciados. Outra atração são os porgs, animaizinhos extremamente divertidos: a Disney, que vem produzindo Star Wars desde 2012, deixou sua marca na franquia.
No entanto, Os últimos Jedi é mais profundo do que seu antecessor, O despertar da Força. Mesmo os momentos tranquilos são emocionantes, pois a Força voltou ao centro da trama, conferindo-lhe mais emoção e drama.
As personagens principais ganharam um perfil mais definido, sobretudo Rey (Daisy Ridley), que sente a atração da Força e até mesmo ousa procurar suas raízes no lado escuro. O papel do piloto Poe (Oscar Isaac) foi ampliado, como figura rebelde central, enquanto o ex-stormtrooper Finn (John Boyega) tem agora como aliada uma mulher forte, Rose (Kelly Marie Tran).
Rumo ao nono episódio
No geral, a presença feminina é mais destacada do que nos episódios anteriores. A icônica atriz Carrie Fisher (1956-2016), no papel da general rebelde Leia, é reforçada pela atuação de Laura Dern, como vice-almirante Holdo.
Assim como no Guerra nas Estrelas original, de 1977, a principal personagem masculina é Luke Skywalker (Mark Hamill). Bem mais velho, ele vive como ermitão numa ilha rochosa e voltou as costas para o resto da galáxia – estando, portanto, pouco disposto a ajudar Rey.
Não há um único momento de tédio nas duas horas e meia do filme: a trama contém diversas reviravoltas inesperadas, prendendo continuamente a atenção do espectador. Ao fim, muitas perguntas ficam em aberto: claro, um novo episódio já está em planejamento.
Depois de ter dirigido o episódio número sete e atuado como produtor executivo do oitavo, J.J. Abrams (Lost) é quem escreverá e dirigirá o futuro Star Wars 9. Em entrevista à revista Rolling Stone, o especialista em ficção científica e mistério disse considerar o próximo filme da série uma maravilhosa oportunidade de concluir as histórias das personagens mais novas, Rey, Poe e Finn. A estreia do nono episódio está planejada para dezembro de 2019.
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