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Pandemia afeta economia alemã mais que o esperado em 2021

25 de maio de 2021

Maior economia da Europa registra contração de 1,8% no primeiro trimestre, impulsionada pelas restrições impostas para conter a covid-19.

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Ruas desertas na cidade de Colônia
Ruas desertas na cidade de Colônia: algumas regiões do país tiveram até toque de recolherFoto: Peter Hille/DW

A economia alemã registrou queda de 1,8% no primeiro trimestre de 2021, na comparação com os três meses imediatamente anteriores, anunciou nesta terça-feira (25/05) a agência oficial de estatísticas do governo.

Segundo o Destatis, a retração da maior economia da Europa se deu sobretudo devido à queda no consumo privado (5,4%), motivada pelo lockdown parcial estabelecido no país para tentar conter a proliferação da covid-19.

"A crise do coronavírus causou mais um declínio no desempenho da economia no início de 2021", afirmou o Destatis. A previsão do mercado e da própria agência do governo era de queda de 1,7%.

Em comparação aos últimos três meses de 2019, que antecederam o início da pandemia na Europa, a contração no primeiro trimestre de 2021 foi de 5%. E levando em conta o mesmo período do ano de 2020, o recuo fica em 3,4%.

Mercado de trabalho encolhe

Os dados divulgados nesta terça-feira também chamam a atenção para o encolhimento, ao menos temporário, no mercado de trabalho: no primeiro trimestre de 2021, a produção econômica foi gerada por cerca de 44,4 milhões de pessoas empregadas na Alemanha. Isso representou uma queda de 707 mil (ou 1,6%) frente a um ano antes.

Entretanto, a indústria alemã conseguiu se beneficiar da recuperação da demanda global - especialmente na China e nos Estados Unido. A Alemanha registrou um aumento de 1,8% nas exportações no primeiro trimestre. 

As importações subiram saltaram 3,8%, resultando em uma contribuição líquida ao PIB pelo comércio de 0,9%. Mas o investimento empresarial em máquinas, equipamentos e veículos derrapou nos primeiros meses de do ano. 

Economistas esperam que a economia alemã se recupere rapidamente nos próximos meses à medida que o número de novos casos de covid-19 diminua, as restrições pandêmicas sejam aliviadas, e o programa de vacinação acelere. 

"É provável que a produção econômica volte a crescer significativamente no segundo trimestre de 2021", afirmou o Bundesbank, o banco central da Alemanha, em seu relatório mensal divulgado nesta semana. 

O governo alemão espera um retorno aos níveis pré-crise o mais tardar até o próximo ano. Segundo a última previsão divulgada, o crescimento de 2022 deve ficar em 3,5% como um todo.

rpr/cn (DPA, ots)