Parlamento italiano reelege Napolitano como presidente
20 de abril de 2013Após uma série de votações frustradas para a escolha do novo presidente, o Parlamento italiano finalmente chegou a um consenso neste sábado (20/04) e reelegeu o atual presidente Giorgio Napolitano. Na sexta rodada de votação, bastava ao candidato obter a maioria simples dos votos dos 1007 parlamentares. Napolitano conseguiu facilmente os 504 votos necessários.
O presidente anunciou sua disponibilidade para continuar no cargo, após cinco votações frustradas, nas quais nenhum dos candidatos obteve o número de votos necessários. A candidatura de Napolitano foi solicitada por Pier Bersani, líder da aliança de centro-esquerda, pelo ex-premiê Silvio Berlusconi, líder do partido de centro-direita Povo da Liberdade (PdL) e também pelo atual premiê, Mario Monti. Desde quinta-feira os partidos tentavam chegar a um acordo para eleger o novo presidente.
Napolitano tem agora a missão de resolver o impasse político no Parlamento, por meio da convocação de novas eleições. Uma crise política atinge o país desde as eleições de fevereiro, na qual a coligação de centro-esquerda, liderada por Pier Luigi Bersani, conseguiu a maioria das cadeiras na Câmara dos Deputados, porém não no Senado. Dessa forma, não foi possível a formação de um governo nacional.
Papel fundamental
Durante o seu primeiro mandato, Napolitano teve um papel fundamental para a resolução da crise política. O presidente conduziu a transferência do governo de Berlusconi para Monti e desde fevereiro vem tentando articular um governo no país, apesar do impasse político.
Napolitano tem 87 anos e nasceu em Nápoles. Em 1945, ele passou a fazer parte do Partido Comunista Italiano (PCI) e foi eleito vereador em 1953. O presidente é considerado um dos grandes modernizadores do PCI e na década de 1990 da dissolução do PCI, com a criação do partido Democratas de Esquerda.
Napolitano foi eleito presidente pela primeira vez em 2006, seu atual mandato se encerra no final de maio. Na Itália o presidente é responsável pelos processos de mediação política e não exerce funções governamentais.
CN/rtr/dpa/afp
Revisão: Carlos Albuquerque