1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Partido de Schröder protagoniza escândalo de donativos

(ef)5 de março de 2002

Diretório regional do SPD em Colônia escondeu origem de doação e está sendo investigado sob suspeita de recebimento de propina.

https://p.dw.com/p/1xYX
Helmut Kohl no ostracismo por causa de escândalo de doações.Foto: AP

O Partido Social Democrático da Alemanha (SPD), presidido pelo chanceler federal Gerhard Schröder, está ameaçado de pagar uma multa de no mínimo 350.000 euros, porque o diretório regional de Colônia, no estado da Renânia do Norte-Vestfália, ocultou a origem de uma doação de 340 mil euros. O Ministério Público está investigando se o dinheiro foi propina na construção de um centro de incineração de lixo.

Em conseqüência do escândalo, o responsável pela transferência da doação ao SPD, Norbert Rüther, já renunciou a todos os seus cargos e anunciou a sua retirada da política, na segunda-feira (05). A tesoureira do SPD, Inge-Wettig-Danielmeier, admitiu que o partido terá de pagar uma multa de no mínimo 350 mil. O diretório nacional enviou dois inspetores de Berlim para examinar as contas do partido em Colônia. O relatório deverá ficar pronto nesta quarta-feira (06).

A União Democrata-Cristã (CDU), partido do ex-chanceler federal Helmut Kohl, aproveitou para atacar o SPD e anunciou que vai investigar as práticas dos social-democratas de Colônia, na Comissão Parlamentar de Inquérito do Parlamento em Berlim. "Afinal de contas, não se trata de doação ilegal, mas de propina", argumentou o representante da CDU na CPI, deputado Andreas Schmidt.

A CPI dominada pelo SPD e o Partido Verde apura se o governo Kohl tomou decisões influenciado por doações ilegais à CDU e propinas a membros do governo. Os dois partidos governistas criaram a comissão depois que o próprio Kohl admitiu ter depositado dois milhões de marcos de doações anônimas em contas secretas na Suíça, quando presidia seu partido e chefiava o governo. Até hoje ele não revelou os nomes dos doadores. Desde o escândalo, o político que conduziu o processo de reunificação da Alemanha amarga no ostracismo.