Dia da Mentira
1 de abril de 2008O site Tagesschau, do noticiário do horário nobre da emissora pública alemã ARD, informou seus usuários nesta terça-feira (01/04) que o Tribunal Constitucional Federal está prestes a decidir sobre a revogação do horário alemão de verão, que se estende de março a outubro.
O pedido teria sido apresentado pelos agricultores e pelos maquinistas: os primeiros se queixam que as vacas não se habituam à mudança de horário e por isso dão menos leite, e os maquinistas reclamam da hora a mais que têm de cumprir quando muda o horário.
Trata-se, de fato, de um tema controverso no país, mas para frustração dos críticos da mudança de horário, no "leia mais" a reportagem esclarecia tratar-se de uma pegadinha de 1º de abril.
Leitura de nudistas para público nu
Um livreiro de Brandemburgo, leste alemão, havia anunciado para esta terça-feira a apresentação de um novo livro sobre nudismo, cuja leitura seria realizada por pessoas sem roupas. O livro foi de fato apresentado, mas a seção nudista era brincadeira. Mais de 30 veículos de comunicação haviam mostrado interesse em fazer a cobertura do evento.
A pegadinha da entidade administradora de castelos na Baviera foi a notícia de que "finalmente" acabarão as obras do castelo inacabado de Neuschwanstein. Já a cidade de Wolfsburg foi criativa: ela anunciou a criação de uma cédula de 70 euros para comemorar os 70 anos da cidade.
Criativa, também, foi a mentirinha inventada em Herford, cidade do oeste alemão. A polícia divulgou a informação de que dançarinos profissionais dariam aulas de dança aos guardas de trânsito. O argumento foi que, assim, os guardas trabalhariam com maior graça e elegância.
Versões sobre origem do Dia da Mentira
A tradição da pegadinha de 1º de abril existe em quase toda a Europa. Na Inglaterra, por exemplo, no Fool's Day (dia dos bobos) de 1957 um noticiário da BBC divulgou que havia árvores de espaguete na Suíça.
Uma das teorias sobre a origem da brincadeira dita que ela surgiu na França. Após uma reforma no calendário, em meados do século 16, o primeiro dia do ano – que era comemorado no final de março com a chegada da primavera, passou a ser festejado em 1º de janeiro.
Algumas pessoas, no entanto, teriam resistido à determinação e continuaram seguindo o calendário antigo. Elas se tornaram motivo de gozações e brincadeiras, recebendo presentes esquisitos e convites para festas inexistentes.
Outras explicações sobre a origem do Dia da Mentira remontam às brincadeiras e sátiras ligadas a costumes medievais dos romanos, gregos e germanos.