Apoio a Strauss-Kahn
3 de julho de 2011Quase metade dos franceses se mostra a favor de um regresso do socialista Dominique Strauss-Kahn à vida política, indica uma pesquisa publicada neste domingo (03/07) pelo jornal Le Parisien. Dos entrevistados, 49% declararam ser a favor do retorno do ex-diretor-gerente do FMI às atividades políticas e 45% disseram ser contra.
A mesma sondagem, realizada entre mil pessoas pela Harris Interactive, mostra que o apoio a Strauss-Kahn é maior entre os simpatizantes da esquerda, onde 60% defendem o regresso dele à política e 38% são contra, e ainda ligeiramente maior entre os que se definem como eleitores socialistas (65%).
Entre os socialistas, 55% são a favor de alterar o calendário das primárias do partido, que obriga os eventuais candidatos a se apresentarem antes do próximo dia 13 de julho, e 44% são contra. Considerando todo o universo de pesquisados, 43% são a favor e 49% dos eleitores franceses são contra que haja uma alteração dos prazos para beneficiar uma possível candidatura de Strauss-Kahn.
Após a reviravolta no processo contra o ex-diretor-gerente do FMI, o debate político na França é dominado por um eventual regresso de Strauss-Kahn ao país para tentar ganhar as eleições presidenciais de 2012.
A próxima presença de Strauss-Kahn no tribunal federal norte-americano onde ele é acusado de agressão sexual a uma empregada de hotel ocorre em 18 de julho, cinco dias depois de terminar o prazo oficial para o registro dos candidatos às primárias dos socialistas franceses. O político ainda não tem autorização para sair do território norte-americano.
Os candidatos François Hollande, ex-líder do Partido Socialista (PS), e Ségolène Royal, ex-candidata presidencial, se manifestaram dispostos a ampliar o calendário, para que Strauss-Kahn possa se candidatar. Já Martine Aubry, também candidata às primárias do PS, ainda não se pronunciou.
Há dois dias, um tribunal de Nova York decidiu que o ex-diretor-gerente do FMI vai poder ficar em liberdade condicional. O processo por suposto crime sexual cometido num hotel de Nova York continua, mas numa sessão extraordinária de julgamento, o juiz levou em consideração alegadas inconsistências nas declarações da testemunha de acusação, decidindo libertar Strauss-Kahn.
AS/lusa/rtr/afp
Revisão: Marcio Damasceno