Polícia frustra plano de ataque na França
25 de março de 2016Em declaração ao vivo na TV, na noite de quinta-feira (24/03), o ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, confirmou a prisão de um homem que provavelmente estaria preparando um atentado em território francês.
O suspeito de 34 anos identificado como Reda Kriket foi preso nos arredores de Paris, enquanto forças do serviço de inteligência francês (DGSI) vasculhavam um apartamento em Argenteuil, no departamento de Val-d'Oise.
Parte de uma rede terrorista
O ministro do Interior francês falou de uma prisão importante. De acordo com o ele, a pessoa em questão é francesa e está sob suspeita de desempenhar um papel relevante no planejamento do atentado. "O suspeito estaria envolvido numa rede terrorista que quer atacar a França", afirmou Cazeneuve, acrescentando que a detenção por parte do serviço de inteligência teria sido precedida de semanas de intensas investigações.
Bernard Cazeneuve disse ainda que até agora não existe nenhuma evidência tangível de uma conexão com os ataques de Paris e Bruxelas. "A investigação em curso irá esclarecer os contornos dessa ação criminosa e possíveis cúmplices."
Fontes policiais que preferiram ficar no anonimato afirmaram, no entanto, que o suspeito estaria sendo procurado na Bélgica, onde foi considerado culpado, à revelia, junto a Abdelhamid Abaaoud e outros, por fazer parte de uma rede de recrutamento para o jihad na Síria. As autoridades identificaram Abaaoud como o mentor dos ataques em Paris, que provocaram a morte de mais de 130 pessoas em novembro do ano passado. Abaaoud foi morto pela polícia alguns dias após os ataques.
Quase 80 prisões
Cazeneuve informou que o prédio residencial em Argenteuil foi esvaziado e que especialistas em explosivos estariam preparando a busca do apartamento e das áreas de uso comum do edifício. O ministro não forneceu mais detalhes, informando que seria tarefa do Ministério Público francês se pronunciar, caso ache sensato.
O ministro salientou que, desde o início do ano, 75 pessoas foram detidas na França em conexão com atividades terroristas. Contra 37 delas, já foram iniciados processos judiciais.
CA/dpa/afp/dw