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Suíça prende ex-presidente da CBF e mais seis cartolas

27 de maio de 2015

Dirigentes são detidos a pedido da Justiça dos EUA por acusação de corrupção envolvendo a Fifa. Entre eles estão José Maria Marin e o chefe da Concacaf, Jeffrey Webb. Prisões acontecem às vésperas do congresso anual.

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Hotel onde foram realizadas as prisões, em ZuriqueFoto: Reuters/A. Wiegmann

A polícia suíça prendeu nesta quarta-feira (27/05), em Zurique, sete altos dirigentes do futebol mundial, entre eles seis ligados à Fifa, como o ex-presidente da CBF José Maria Marin. Eles são acusados pela Justiça americana de terem recebido milhões de dólares em propina ao longo das últimas décadas.

Os cartolas foram detidos na chegada a Zurique para o congresso anual da Fifa, no luxuoso hotel cinco estrelas Baur au Lac. A operação foi realizada a pedido do Departamento de Justiça americano, e os detidos aguardam agora extradição para os EUA.

Além de Marin, foram detidos os seguintes cartolas: Jeffrey Webb, vice-presidente da Fifa, membro do comitê executivo e presidente da Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (Concacaf); o uruguaio Eugenio Figueredo, vice-presidente e membro do comitê executivo da Fifa; o costarriquenho Eduardo Li, eleito para o comitê executivo da Fifa; o nicaraguense Julio Rocha, alto funcionário da Fifa e presidente da federação de seu país; Rafael Esquivel, presidente da Federação Venezuelana de Futebol e funcionário da Fifa; e o britânico Costas Takkas, que trabalha para a Concacaf.

Jose Maria Marin
O ex-presidente da CBF José Maria MarinFoto: dapd

O Departamento de Justiça dos EUA afirmou que 14 pessoas foram indiciadas por corrupção, nove delas dirigentes do futebol mundial. Os demais acusados são executivos de marketing e vendas da Fifa.

Segundo a Justiça dos Estados Unidos, os cartolas são acusados de lavagem de dinheiro, fraude e extorsão em esquemas que estariam em funcionamento desde a década de 1990. Para justificar a extradição, o Ministério suíço da Justiça afirmou que os crimes teriam sido acertados nos EUA, e os pagamentos foram realizados através de bancos americanos.

"Os suspeitos de corrupção – representantes de mídias esportivas e empresas de promoção do esporte – estão alegadamente envolvidos em esquemas de pagamento de propina a delegados e outros funcionários de suborganizações da Fifa, totalizando 100 milhões de dólares. Em troca, acredita-se que eles tenham recebido direitos de cobertura midiática, marketing e patrocínio em campeonatos de futebol na América Latina", declarou o Ministério da Justiça da Suíça.

Jeffrey Webb
O presidente da Concacaf, Jeffrey WebbFoto: Getty Images/AFP/M. Bradley

O Departamento de Justiça divulgou ainda que uma batida foi feita nesta quarta-feira na sede da Concacaf, em Miami, nos Estados Unidos.

Em paralelo à ação da Justiça americana, investigadores suíços afirmaram que estão realizando uma investigação própria, contra pessoas que eles não identificaram, sobre lavagem de dinheiro e corrupção relacionados à escolha das sedes das Copas de 2018 e 2022, respectivamente concedidas para a Rússia e o Catar.

As acusações são um grande golpe para a Fifa, no momento em que o presidente Joseph Blatter busca seu quinto mandato, numa votação marcada para sexta-feira, durante o congresso anual. Um porta-voz disse que a entidade máxima do futebol está buscando esclarecer a situação e não comentará as detenções.

AS/FF/rtr/afp/dpa