1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Israel prende suspeitos de incêndio criminoso na Cisjordânia

9 de agosto de 2015

Detidos que têm conexões com cena ultranacionalista judaica foram detidos em locais afastados da zona de assentamentos judaicos. Três líderes radicais estão sob prisão administrativa.

https://p.dw.com/p/1GCQv
Assentamento Adei Ad, próximo a DumaFoto: Getty Images/AFP/G. Tibbon

Pouco mais de uma semana após o incêndio criminoso que vitimou uma família palestina em Duma, na Cisjordânia, a polícia de Israel anunciou a prisão de vários suspeitos. As capturas ocorreram na madrugada deste domingo (09/08) em locais afastados da zona de assentamentos judaicos.

Segundo a imprensa israelense, dois homens foram detidos no assentamento ilegal de Adei Ad, nos arredores de Duma. Outros sete jovens ativistas foram localizados alguns quilômetros mais ao sul, num posto ilegal da colônia Kokhav HaShahar.

O ministro da Defesa israelense, Moshe Ya'alon, também ordenou a prisão administrativa por seis meses de Meir Ettinger, um dos representantes mais notórios do grupo radical Juventude das Colinas. Ele foi capturado na última segunda-feira por pressão do serviço de inteligência interna.

Medida penal rara para judeus

O serviço secreto israelense presume que Ettinger tenha comandado diversos atentados contra conventos e igrejas. O extremista também é submetido ao inquérito sobre o incêndio em Duma, sob acusação de incitação.

O ultranacionalista judeu Eviatar Slonim e o extremista de direita Mordechai Meyer foram presos nas duas últimas semanas.

A prisão administrativa permite a detenção de suspeitos por tempo ilimitado, sem que haja queixa ou um processo. Em Israel, essa medida legal é aplicada regularmente contra ativistas palestinos e, raramente, contra judeus.

Na madrugada de 31 de julho, tendo pichado frases como "vida longa ao Messias" e "vingança" nos muros da vizinhança em Duma, extremistas judeus teriam quebrado as janelas e lançado bombas incendiárias na casa da família do palestino Saad Dawabsha, quando todos dormiam. Um bebê de 18 meses morreu na hora, e o pai da família sucumbiu às queimaduras neste sábado.

AV/ap/afp