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População alemã cai apesar da imigração

28 de abril de 2015

Aumento do número de imigrantes freia queda da população, mas ainda assim Alemanha terá, em 2060, entre 7 milhões e 13 milhões de habitantes a menos, segundo estatísticos.

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Taxa de fecundidade deverá se manter baixa, em 1,4 filho para cada mulherFoto: imago/epd

A população da Alemanha vai continuar diminuindo nas próximas décadas, mas, graças à imigração, menos do que se esperava, segundo cálculos divulgados pelo Departamento Federal de Estatísticas (Destatis) nesta terça-feira (28/04) em Berlim.

Pela nova projeção, a população deverá cair dos atuais 80,8 milhões para um número entre 67,6 milhões e 73,1 milhões até 2060, dependendo do tamanho da imigração. Há seis anos, data da projeção anterior, os estatísticos calculavam que haveria entre 65 milhões e 70 milhões de pessoas na Alemanha daqui a 45 anos.

Desde 2011 a imigração cresce na Alemanha, com fluxos migratórios oriundos principalmente do Leste Europeu e dos países em crise do sul da Europa. Os especialistas citaram a Polônia como exemplo de país que envia pessoas para a Alemanha.

As novas informações comprovam o acelerado envelhecimento da população alemã. Hoje, um em cada cinco alemães tem mais de 65 anos. Em 2060, a proporção será um em cada três. Ao mesmo tempo, a população economicamente ativa (entre 20 e 65 anos) cairá de cerca de 50 milhões para 34 milhões ou 38 milhões.

Segundo os estatísticos, a Alemanha não pode esperar que vá compensar esses números apenas com a imigração do sul e do leste da Europa, pois também nessas regiões a população envelhece e a força de trabalho diminui.

Para manter a população nos níveis atuais até 2060, seriam necessários 450 mil imigrantes por ano, afirma o Destatis. A média esperada para os próximos anos é de 130 mil. A encarregada de imigração do governo alemão, Aydan Özoguz, defendeu maior apoio aos imigrantes, para que possam encontrar logo trabalho ou cursos profissionalizantes.

Em 2060, a expectativa de vida das mulheres deverá estar em 89 anos, e a dos homens, em 85. A taxa de fecundidade deverá se manter em 1,4 filho para cada mulher, proporção considerada insuficiente para que uma população se mantenha constante.

AS/dpa/epd