Potências concordam em armar Líbia contra o EI
16 de maio de 2016Os Estados Unidos e outras potências internacionais declararam nesta segunda-feira (16/05) que estão dispostos a fornecer armas ao novo governo de unidade da Líbia para o combate ao grupo extremista "Estado Islâmico" (EI) e a outros grupos militantes que vêm ganhando força na região.
Em comunicado, os EUA, os outros quatro membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Rússia, Reino Unido, França e China) e os mais de 15 países que participam das conversações internacionais sobre a Líbia afirmaram que estão "prontos para atender aos pedidos do governo líbio para treinar e equipar" forças do país.
Para isso, as potências terão de aprovar exceções a um embargo de armas da ONU imposto à Líbia para evitar que armamentos letais chegassem às mãos de extremistas islâmicos e militantes rivais de olho no poder.
O Ocidente conta com o governo de unidade líbio, apoiado pela ONU e que ainda tenta se estabelecer, para combater o EI e evitar novos fluxos de migrantes em direção ao Mediterrâneo.
"Delicado equilíbrio"
O comunicado emitido nesta segunda-feira fala em intenções, mas o fato de todos os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU terem apoiado o plano de armar o governo da Líbia, internacionalmente reconhecido, indica que não deve haver oposição significativa à proposta.
O documento foi divulgado ao final das conversações que reuniram o secretário de Estado americano, John Kerry, e representantes de mais de 20 países para discutir maneiras de apoiar o governo líbio. Além de fortalecer o país na luta contra o EI, o objetivo é acabar com a rivalidade entre o governo de unidade e outro grupo que reivindica legitimidade.
Kerry classificou o plano de armar o governo internacionalmente reconhecido de "um delicado equilíbrio". "Mas todos nós aqui hoje apoiamos o fato de que, se há um governo legítimo e esse governo está lutando contra o terrorismo, ele não deve ser vitimado [pelo embargo]", disse.
O primeiro-ministro líbio, Fayez al-Sarraj, afirmou que apresentará um lista com as armas desejadas em breve. "Temos um enorme desafio diante de nós na luta contra o extremismo", disse. "Instamos a comunidade internacional a nos ajudar."
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