Prefeita quer banir carros do centro de Paris
15 de novembro de 2018A prefeita Anne Hidalgo quer tornar exclusivos para pedestres os distritos históricos mais centrais de Paris para reduzir o impacto negativo dos veículos sobre a qualidade do ar no entorno dos monumentos históricos.
O novo projeto atingiria os quatro bairros mais centrais da cidade com a criação de uma zona de circulação extremamente restrita. Só carros elétricos autônomos poderiam andar ali.
A medida ficaria para o próximo mandato (2020 – 2026), se a prefeita for reeleita, segundo informações divulgadas pelo jornal francês Le Monde.
O diário cita ainda assessores de Hidalgo e diz que a ideia seria adotada após "estudos aprofundados e consultas com as partes envolvidas", como comerciantes, a polícia e administrações regionais dos bairros em questão.
Num primeiro momento, porém, a prefeitura quer ampliar a atual operação "Paris respira", que impede a circulação de veículos em vários locais da cidade nos primeiros domingos do mês. Até 2019, Hidalgo espera poder expandir a operação para todos os domingos.
Segundo o governo municipal, uma decisão nesse sentido havia sido pedida pelos governantes desses bairros turísticos, que incluem monumentos como a catedral de Notre Dame, o Museu do Louvre, o Centro Georges Pompidou e os bairros do Marais e Les Halles.
Anne Hidalgo preside o grupo C40 de Grandes Cidades que combatem as mudanças climáticas e é uma das principais vozes críticas, na França, da circulação de veículos poluidores nas metrópoles. A prefeita socialista, que assumiu o cargo em 2014, sucedendo ao também socialista Bertrand Delanoë, também é uma defensora aguerrida do uso da bicicleta e de carros elétricos.
Segundo cálculos da própria Hidalgo, o tráfego de veículos gera atualmente dois terços das emissões de dióxido de nitrogênio e 56% das partículas finas na capital francesa.
A restrição ao tráfego defendida pela prefeita encontra forte oposição entre representantes da centro-direita e de usuários de automóveis nos arredores da capital francesa. Eles argumentam que a medida prejudica sua mobilidade.
RK/efe/afp/ots
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