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PolíticaDinamarca

Premiê da Dinamarca é alvo de agressão em Copenhague

8 de junho de 2024

Mette Frederiksen foi agredida por homem quando caminhava no centro da capital. Agressor foi preso. Políticos europeus condenam ataque.

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A premiê Mette Frederiksen, que comanda o governo da Dinamarca desde 2019
A premiê Mette Frederiksen, que comanda o governo da Dinamarca desde 2019Foto: Jeremias Gonzalez/AP/picture alliance

A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, foi agredida nesta sexta-feira (07/06) no centro de Copenhague.  A informação foi divulgada pela agência de notícias dinamarquesa Ritzau.

Um homem foi preso logo após o incidente, de acordo com a Ritzau.

Num breve comunicado, o gabinete da primeira-ministra afirmou que Frederiksen está chocada com este incidente.

As autoridades dinamarquesas não divulgaram detalhas sobre o estado de saúde de Mette Frederiksen ou indicaram qual teria sido a motivação do ataque. "A primeira-ministra Mette Frederiksen foi atingida por um homem na sexta-feira à noite na Kultorvet, em Copenhague. O homem foi preso em seguida", diz o comunicado.  Mette Frederiksen, de 46 anos, é chefe de governo desde junho de 2019. 

Duas testemunhas disseram ao jornal local BT que viram o ataque, que ocorreu enquanto a premiê caminhava numa praça. "Um homem veio na direção oposta e lhe deu um forte empurrão no ombro, fazendo com que ela se inclinasse para o lado", disse uma das mulheres ao jornal. Elas disseram que, embora tenha o agressor tenha dado um "forte empurrão", a primeira-ministra não caiu no chão. Frederiksen então se sentou em uma cafeteria para se recompor.

Frederiksen, líder dos social-democratas dinamarqueses, havia participado pouco antes de um evento no âmbito das eleições europeias com a principal candidata de seu partido, Christel Schaldemose. Os social-democratas são o maior partido do governo de coalizão da Dinamarca. Eles ainda lideram as pesquisas, mas apoio à legenda caiu consideravelmente nos últimos meses.

Condenação

Políticos dinamarqueses e europeus condenaram a agressão, que ocorre na esteira de uma série de ataques a políticos de todo o espectro político eleitoral na vizinha Alemanha nas semanas que antecederam as eleições europeias. Em 15 de maio, o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, também foi baleado à queima-roupa quando cumprimentava apoiadores na cidade de Handlova. Fico sobreviveu, mas continua internado.

"Isto não é a Dinamarca. Não atacamos os nossos primeiros-ministros. Envio os meus melhores pensamentos a Mette", disse, na rede social X, o vice-primeiro-ministro e ministro da Defesa da Dinamarca, o liberal Troels Lund Poulsen.

O chefe do Conselho Europeu, Charles Michel, e a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, criticaram na sexta-feira o ataque a Frederiksen. Metsola exortou a chefe de governo dinamarquês a "manter-se forte", acrescentando em uma postagem no X que "a violência não tem lugar na política".

Michel, por sua vez, disse que estava "indignado com o ataque". "Condeno veementemente esse ato covarde de agressão", disse o presidente do Conselho Europeu em uma publicação no X.

A chefe da Comissão da UE, Ursula von der Leyen, também condenou o que ela chamou de "ato desprezível que vai contra tudo o que acreditamos e lutamos na Europa", em uma declaração nas mídias sociais.

jps (AFP, DW, ots)