Decisão de Köhler
7 de maio de 2007A decisão de Horst Köhler sobre o pedido de indulto de Christian Klar estava sendo aguardada com grande expectativa, desde a semana passada, quando o chefe de Estado se encontrara na prisão com o ex-terrorista de 54 anos.
Klar, acusado de participação no homicídio do ex-procurador-geral da República Siegfried Buback e do seqüestro e homicídio do ex-presidente da confederação patronal Hans-Martin Schleier em 1977, foi condenado cinco vezes à prisão perpétua em 1982. Ele completará em janeiro de 2009 o cumprimento da pena mínima, de 26 anos.
A partir de julho próximo, terá direito a saídas temporárias vigiadas, férias especiais e o cumprimento da pena em regime aberto. Antes de negar o indulto ao ex-terrorista, o presidente Köhler considerou diversas opiniões: a da ministra alemã da Justiça, Brigitte Zypries; do tribunal; da Procuradora-Geral da Justiça; da penitenciária onde Klar está preso, além de um prognóstico criminal.
Além disso, conversou com familiares das vítimas da RAF. "Por fim, no dia 4 de maio, o presidente alemão conversou com Klar", informou um comunicado da presidência alemã divulgado nesta segunda-feira (07/05), sem revelar maiores detalhes do encontro.
Pedido de Hogefeld também indeferido
Além de indeferir o pedido de Klar, Köhler negou também o apresentado pela ex-terrorista da RAF Birgit Hogefeld, de 50 anos. Ela foi detida em 1993, e condenada três anos mais tarde à prisão perpétua.
Hogefeld foi responsabilizada pelo assassinato de um soldado norte-americano e pelo atentado a bomba da RAF em 1985 contra uma base área dos Estados Unidos em Frankfurt. Sua pena se expira em 2011. O gabinete da Presidência informou que o chefe de Estado "voltará a examinar o pedido em momento oportuno". (rw)