1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Decisão de Köhler

7 de maio de 2007

Três dias após o encontro com Christian Klar na prisão, o presidente da Alemanha, Horst Köhler, negou o pedido de indulto feito pelo ex-terrorista da Fração do Exército Vermelho (RAF), preso há 24 anos.

https://p.dw.com/p/APMW
Assassinato do procurador-geral Siegfried Buback e seu motorista, cometidos pela RAF em abril de 1977Foto: picture-alliance / dpa

A decisão de Horst Köhler sobre o pedido de indulto de Christian Klar estava sendo aguardada com grande expectativa, desde a semana passada, quando o chefe de Estado se encontrara na prisão com o ex-terrorista de 54 anos.

Der ehemalige RAF-Terrorist Christian Klar
Christian KlarFoto: picture-alliance/ dpa

Klar, acusado de participação no homicídio do ex-procurador-geral da República Siegfried Buback e do seqüestro e homicídio do ex-presidente da confederação patronal Hans-Martin Schleier em 1977, foi condenado cinco vezes à prisão perpétua em 1982. Ele completará em janeiro de 2009 o cumprimento da pena mínima, de 26 anos.

A partir de julho próximo, terá direito a saídas temporárias vigiadas, férias especiais e o cumprimento da pena em regime aberto. Antes de negar o indulto ao ex-terrorista, o presidente Köhler considerou diversas opiniões: a da ministra alemã da Justiça, Brigitte Zypries; do tribunal; da Procuradora-Geral da Justiça; da penitenciária onde Klar está preso, além de um prognóstico criminal.

Além disso, conversou com familiares das vítimas da RAF. "Por fim, no dia 4 de maio, o presidente alemão conversou com Klar", informou um comunicado da presidência alemã divulgado nesta segunda-feira (07/05), sem revelar maiores detalhes do encontro.

Pedido de Hogefeld também indeferido

Horst Köhler am Schreibtisch
Horst KöhlerFoto: AP

Além de indeferir o pedido de Klar, Köhler negou também o apresentado pela ex-terrorista da RAF Birgit Hogefeld, de 50 anos. Ela foi detida em 1993, e condenada três anos mais tarde à prisão perpétua.

Hogefeld foi responsabilizada pelo assassinato de um soldado norte-americano e pelo atentado a bomba da RAF em 1985 contra uma base área dos Estados Unidos em Frankfurt. Sua pena se expira em 2011. O gabinete da Presidência informou que o chefe de Estado "voltará a examinar o pedido em momento oportuno". (rw)