Presidente da Indonésia diz que será primeiro a tomar vacina
16 de dezembro de 2020O presidente da Indonédia, Joko Widodo, anunciou nesta quarta-feira (16/12) que pretende ser a primeira pessoa do seu país a receber a vacina contra a covid-19, como parte de uma campanha nacional de imunização.
"Anuncio que a vacina contra a covid-19 será gratuita para todos os cidadãos. E que eu serei o primeiro a recebê-la", escreveu o presidente em sua conta do Twitter. Assim, "não haverá nenhum motivo para que as pessoas não se vacinem ou duvidem da segurança", acrescentou.
A ênfase na gratuidade ocorre porque o governo havia anunciado anteriormente que apenas idosos e agentes de saúde receberiam a vacina de graça, mas depois modificou seus planos.
O governo, no entanto, não comunicou qual vacina o chefe de Estado pode vir a tomar e quando a campanha de vacinação vai efetivamente começar.
Enquanto a vacinação não começa, Widodo exortou o povo indonésio a continuar a usar máscaras, manter distância e lavar as mãos com regularidade.
A Indonésia firmou entendimentos para entrega de mais de 350 milhões de doses de vacina, segundo o Global Health Innovation Center, da universidade americana Duke. O número é insuficiente para proporcionar duas doses à toda população do país, de cerca de 270 milhões de habitantes.
Entre as vacinas que o país pretende aplicar está a Coronovac, da empresa chinesa Sinovac. É o mesmo imunizante que está sendo produzido no Brasil em parceria com o Instituto Butantan, ligado ao governo de São Paulo, e que está no centro de uma disputa promovida pelo presidente Jair Bolsonaro com o governador João Doria.
No início de dezembro, a Indonésia recebeu 1,2 milhão de doses da Coronovac. Outro lote de 1,8 milhão deve chegar em janeiro. O uso da vacina ainda aguarda autorização das autoridades sanitárias indonésias.
Desde o início da pandemia, a Indonésia registrou oficialmente mais de 620 mil casos de covid-19. Ao menos 19 mil pessoas morreram. No entanto, especialistas apontam que os números são provavelmente bem mais altos, já que o país não conta com uma capacidade adequada de testagem.
JPS/afp/ots