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Presidente polonês promete apoio para adesão da Ucrânia à UE

22 de maio de 2022

Andrzej Duda visitou Kiev e discursou no Parlamento ucraniano. "Somente a Ucrânia tem o direito de determinar seu futuro", disse o político polonês. Zelenski espera obter status de país candidato à UE em junho.

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Duda e Zelenski se abraçam
O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, também esteve presente na sessão e cumprimentou o homólogoFoto: REUTERS

O presidente polonês, Andrzej Duda, discursou neste domingo (22/05) perante o Parlamento da Ucrânia, comprometeu-se publicamente a apoiar a candidatura do país à União Europeia (EU) e reforçou que ninguém pode perturbar a unidade polaco-ucraniana.

"Somente a Ucrânia tem o direito de determinar seu futuro", disse o presidente polonês aos parlamentares, que o aplaudiram de pé por várias vezes durante o discurso. 

Duda foi o primeiro chefe de Estado estrangeiro a falar ao Parlamento ucraniano desde o começo da invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro. O presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, também esteve presente na sessão e cumprimentou o homólogo.

A visita solidária de Duda foi surpreendentemente anunciada na manhã deste domingo. O político de 50 anos viajou para a Ucrânia pela segunda vez desde o início da guerra. Entre outras coisas, Duda está empenhado em garantir que o país vizinho receba o status de candidato à UE o mais rapidamente possível. Em coletiva de imprensa dos dois presidentes neste domingo, Zelenski disse que espera que isso ocorra já no mês de junho.  

Significado psicológico e político da adesão

Zelenski também afirmou que a Ucrânia pertence há muito tempo à comunidade europeia, mas que para entrar na UE precisa de "embaixadores e amigos poderosos", segundo informações da agência de notícias polonesa Pap.

Duda, por sua vez, destacou o grande significado psicológico e político de conceder à Ucrânia o status de candidato na reunião do Conselho Europeu no final de junho.

"Hoje a Ucrânia precisa do nosso sinal de abertura das portas europeias", disse, observando que a sociedade ucraniana quer fazer parte da comunidade europeia e não de uma esfera de influência russa.

O político polonês também disse que a Ucrânia precisa ser reconstruída "às custas do agressor" e que não descansará até que a Ucrânia se torne membro da UE.

Ajuda através de sanções

Duda afirmou ainda que "o mundo pode contribuir pacificamente para acabar com a guerra apenas por meio de sanções, apenas através de uma forte pressão sobre a Rússia, apenas isolando-a, excluindo-a da comunidade internacional".

Neste sentido, ressaltou a importância do sexto pacote de sanções da UE contra a Rússia e para os países que têm dúvidas, entre outras coisas devido a problemas na diversificação da oferta, lembrou da necessidade de "encontrar uma forma de travar a Rússia" e fazer com que a guerra deixe de ser rentável para Moscou.

Mais da metade dos cerca de 6,5 milhões de refugiados ucranianos que fugiram para outros países pediu abrigo na Polônia. Segundo Duda, essas pessoas não são refugiadas, mas "convidadas" da Polônia.

Também neste domingo, a Ucrânia estendeu a lei marcial, que está em vigor desde o final de fevereiro, por mais 90 dias. O Parlamento em Kiev votou para estender a mobilização geral até 23 de agosto.

Kiev solicitou a adesão à UE logo após o início da invasão russa na Ucrânia. Atualmente, a Comissão Europeia analisa o pedido, processo que, via de regra, é longo, complicado e pode demorar anos. Mesmo que a Comissão Europeia avalie o pedido positivamente, o início das negociações de admissão ainda pode demorar muito, já que todos os estados da UE precisam concordar.

le (EFE, ots)