Protestos marcam posse de Donald Trump
20 de janeiro de 2017A polícia de Washington entrou em confronto com manifestantes que protestavam nesta sexta-feira (20/01) contra o novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pouco antes do início da sua cerimônia de posse no cargo, no Capitólio.
Cerca de 500 manifestantes marcharam no centro na capital americana e quebraram carros, vitrines de lojas e janelas de bancos. "Deixar os racistas com medo novamente", dizia um cartaz do grupo, que destruiu lixeiras e pontos de venda de jornais. A polícia respondeu com spray de pimenta e granadas de efeito moral. Cerca de 210 pessoas foram presas, e há registro de pelo menos seis policiais feridos.
Nas proximidades da Casa Branca, um grupo entrou em confronto com a polícia ao depredar a área externa de um café. Um motociclista que estava na cidade para celebrar a posse de Trump foi atingido por uma cadeira quando tentou intervir na situação.
Diversos protestos contra Trump foram registrados em várias regiões da cidade. A maioria das manifestações e marchas transcorreu pacificamente. As ações foram organizadas por vários grupos que se opõem ao novo presidente, incluindo pacifistas, pró-imigrantes, feministas e contra o racismo.
"A mensagem que quero mandar a Trump é que ele não representa este país. Ele representa interesses corporativos", disse Jessica Reznicek, que participou de uma marcha.
Manifestantes disseram ainda ter medo de que o republicano seja um presidente extremista e retroceda com os avanços sociais conquistados durante o governo do presidente Barack Obama, além de endurecer a política migratória.
Pouco antes, um grupo de manifestante bloqueou pontos de acesso para acompanhar a cerimônia de posse. A polícia foi chamada para remover o grupo. Algumas pessoas foram detidas.
Outro manifestação reuniu centenas de pessoas nas imediações da praça Dupont, em defesa da legalização da maconha. Milhares de cigarros de maconha foram distribuídos gratuitamente.
A convocação, organizada pelo grupo DCMJ, que impulsiona a legalização da maconha na capital americana, procurou alertar contra um possível retrocesso no processo de liberalização do consumo da droga nos Estados Unidos. Entre os participantes, a grande maioria era contrária a Trump.
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