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Putin e Poroshenko se reúnem pela primeira vez

26 de agosto de 2014

Presidentes de Rússia e Ucrânia, porém, apresentam propostas diferentes para a crise no leste ucraniano. Lukashenko diz que ambas as partes estão comprometidas com o fim do conflito.

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Foto: Reuters/Sergei Bondarenko/Kazakh Presidential Office

Os presidentes Vladimir Putin, da Rússia, e Petro Poroshenko, da Ucrânia, se reuniram nesta terça-feira (26/08) em Minsk, capital de Belarus, para debater a crise na região.

A expectativa da comunidade internacional é que ambos consigam chegar a um acordo para pôr um fim ao combate entre Kiev e separatistas pró-Moscou no leste do território ucraniano.

É a primeira vez que os chefes de Estado dos dois países têm uma reunião bilateral, sem mediação, desde que o ex-presidente ucraniano Viktor Yanukovytch, pró-Kremlin, foi destituído, em fevereiro.

Os dois já haviam se encontrado durante as comemorações dos 70 anos do Dia D, na França. Na ocasião, porém, se limitaram a se cumprimentar e a conversar por cerca de dez minutos.

Visões diferentes

Antes do encontro bilateral desta terça, durante uma reunião que contou com a presença da chefe de política externa da UE, Catherine Ashton, e dos líderes de Belarus e do Cazaquistão, Putin e Poroshenko apresentaram caminhos diferentes para a paz.

Putin pediu a Poroshenko a não intensificação da ofensiva contra os rebeldes e ameaçou uma retaliação econômica pela assinatura de um acordo comercial da Ucrânia com a União Europeia.

Já o presidente ucraniano respondeu exigindo que a Rússia interrompa o envio de armas para os separatistas pró-Moscou no leste da Ucrânia.

Antes do encontro, o presidente de Belarus, Alexander Lukashenko, disse que todos os participantes haviam concordado sobre a necessidade de resolver a crise.

"Todos nós queremos um avanço", disse Lukashenko a jornalistas em Minsk. "Mas apenas o fato de estarmos realizando uma reunião hoje já é um sucesso, sem dúvida. As negociações foram difíceis. As posições de cada um dos lados são diferentes, às vezes fundamentalmente. Todos concordaram na necessidade de acalmar e libertar reféns."

De acordo com estimativas da ONU, pelo menos 2 mil civis foram mortos na Ucrânia desde o início da violência entre separatistas e forças do governo.

RM/ap/afp/rtr