Putin é eleito pela terceira vez presidente da Rússia
4 de março de 2012Os resultados preliminares da eleição presidencial na Rússia deste domingo dão vitória para o atual primeiro-ministro do país, Vladimir Putin. Ele obteve 61,8% dos votos, de acordo com o resultado das primeiras contagens, anunciado pelas autoridades eleitorais do país na noite de domingo (04/03).
Seu rival mais próximo, o comunista Gennady Ziuganov, ficou em segundo lugar, com 17,8%. Ziuganov classificou a eleição como "fraudulenta" e "absolutamente injusta", ao falar à TV estatal russa.
Assim, após quatro anos como primeiro-ministro, Putin poderá retornar em maio ao Kremlin, onde exerceu a presidência entre 2000 e 2008. A oposição anunciou novos protestos contra a eleição, que também classificou de injusta.
Possível reeleição em 2018
O novo presidente se elege, assim, pela primeira vez, para um período de seis anos, dois anos a mais que seus antecessores, devido a uma mudança na Constituição realizada durante a gestão de Medvedev. Putin também pode se candidatar a um segundo mandato como presidente, se quiser se reeleger em 2018.
O atual presidente, Dimitri Medvedev, afirmou que recusara uma nova candidatura sua, devido à alta popularidade de Putin. E Putin anunciou antes da eleição que nomeará Medvedev como primeiro-ministro, em uma controversa troca de cargos. Na Rússia, o primeiro-ministro está abaixo do presidente. A eleição presidencial russa foi acompanhada por diversas acusações de fraudes e severas medidas de segurança.
Pela primeira vez, a votação foi monitorada com câmeras de vídeo em quase todo o território russo, para evitar alegações de fraudes.
Acusações de irregularidades
A organização independente de observação eleitoral Golos, o partido de oposição Yabloko e a nova Liga de Eleitores acusaram irregularidades, como as ocorridas nas controversas eleições parlamentares de dezembro. O Ministério russo do Interior refutou as acusações, afirmando que, “fora tentativas de manipulação insignificantes, tudo decorreu normalmente”.
Depois de protestos em massa contra a vitória do partido de Putin na eleição parlamentar de dezembro, a sociedade civil mobilizou um número inédito de observadores. Dezenas de milhares se dispuseram a impedir falsificações. Também observadores internacionais, como da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) estão observando as eleições russas.
MD/dpa/afp
Revisão: Carlos Albuquerque