Reféns turcos sequestrados pelo "Estado Islâmico" são libertados
20 de setembro de 2014Os 49 cidadãos turcos que haviam sido sequestrados há aproximadamente três meses no norte do Iraque pelos extremistas do "Estado Islâmico" (EI) foram libertados neste sábado (20/09) e já estão de volta à Turquia. O anúncio da libertação foi feito pelo primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu.
Os reféns, incluindo diplomatas, soldados e crianças, foram sequestrados no consulado geral da Turquia na cidade de Mossul em junho, durante uma operação ofensiva dos jihadistas no norte iraquiano. Davutoglu disse que eles foram libertados na manhã de sábado e levados para a cidade turca de Saliurfa, por membros da agência de inteligência do país.
"Hoje às 5h, nós trouxemos de volta para o país nossos cidadãos que foram detidos no Iraque. De coração, eu agradeço às famílias que mantiveram sua dignidade", escreveu Davutoglu em sua conta no Twitter. Ele não informou detalhes sobre a libertação, mas disse que todos estão bem.
Operação secretada e planejada
No entanto, em comunicado oficial, o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, afirmou que autoridades turcas haviam realizado uma operação secreta, planejada e detalhada.
"Ela seguiu por toda a noite e foi completada com sucesso no início da manhã. Desde o primeiro dia, nossa agência de inteligência tem acompanhado o caso com paciência e determinação e ao final realizou uma operação de resgate bem-sucedida", escreveu.
Embora as autoridades não tenham revelados detalhes da operação, a emissora de televisão turca NTV noticiou que Ancara não pagou resgate e, em vez disso, estava negociando com autoridades locais. A emissora também afirmou que apenas a Turquia estava envolvida na operação, e que não houve confrontos com os terroristas.
Temores em relação ao destino dos reféns era o principal motivo que impedia a Turquia – membro da Otan e aliada-chave de Washington na região – de tomar qualquer iniciativa na ação militar planejada pelos Estados Unidos contra o grupo extremista ou permitir que a coalizão liderada pelos americanos usasse suas bases aéreas para atacar os jihadistas.
CN/afp/dpa