Reino Unido tem 1º dia sem mortes por covid-19 em dez meses
2 de junho de 2021Nesta terça-feira (01/06), o Reino Unido não registrou mortes por covid-19 pela primeira vez em dez meses, o que elevou o otimismo no governo e na população de que a pandemia esteja chegando ao fim, apesar dos alertas de cientistas de que novas restrições poderão ser necessárias para controlar uma possível terceira onda.
O governo britânico saudou a notícia como uma prova dos efeitos da vacinação. Cientistas, porém, recomendaram cautela com números divulgados após um feriadão. Segunda-feira foi feriado no Reino Unido.
Números de infecções e óbitos tendem a cair nos fins de semana devido ao atraso no processamento. Eles são então adicionados aos totais dos dias seguintes.
Os dados oficiais mostram que, nesta terça-feira, pela primeira vez desde 30 de julho, todas as quatro nações do Reino Unido não registraram mortes por covid-19 em pessoas testadas positivas até 28 dias antes.
A notícia deve reforçar os planos do governo de eliminar as últimas restrições ainda em vigor no dia 21 de junho, apesar dos recentes alertas de cientistas de que o país pode estar diante de uma terceira onda.
O número de novas infecções voltou a subir no Reino Unido nos últimos dias e tem se mantido acima de 3 mil por dia. Nesta terça-feira foram 3.165 novos casos. Essa alta tem sido atribuída pelas autoridades à disseminação da variante delta, que foi identificada pela primeira vez na Índia.
O Reino Unido é um dos países com a vacinação mais avançada. Desde dezembro foram imunizadas 39.477.158 pessoas com uma primeira dose de uma vacina contra a covid-19, o que corresponde a 74,9% da população adulta. Além disso, 25.734.719 pessoas, ou 48,9% da população adulta, já receberam também a segunda dose.
Com o avanço da campanha da vacinação, o governo tem relaxado desde abril as medidas de distanciamento social, e com isso os britânicos puderam voltar a frequentar bares, pubs e restaurantes, assim como museus, cinemas, teatros e estádios. As regras para encontros de pessoas também foram flexibilizadas.
as (Reuters, Lusa, AFP)