1. Pular para o conteúdo
  2. Pular para o menu principal
  3. Ver mais sites da DW

Scharping quer maior cooperação entre Forças Armadas

rw24 de março de 2002

Em reunião na Espanha, ministro também recebeu luz verde para planos alemães de compra de avião militar. À parte das conversações, falou sobre soldados mortos ao desarmarem míssil no Afeganistão.

https://p.dw.com/p/21lF
Ministro admitiu ainda imprudência dos soldados mortos em CabulFoto: AP

"Os militares europeus precisam estreitar ainda mais sua cooperação para garantir a eficiência em missões conjuntas, sem necessariamente terem de gastar mais com a defesa", disse o ministro alemão da Defesa, após o encontro informal com seus colegas de pasta em Zaragoza, na Espanha, no final de semana.

Rudolf Scharping exemplificou a sugestão com a cooperação já existente entre a Alemanha e a Holanda em transportes militares. Por outro lado, está sendo analisada a viabilidade de intensificar o trabalho conjunto nas áreas de defesa contra armas químicas, defesa antiaérea e o transporte marítimo.

Avião militar

– Os ministros da Defesa da União Européia aprovaram ainda a forma como a Alemanha pretende participar do projeto do Airbus A400M. O Parlamento alemão havia aprovado a liberação de 5,1 bilhões de euros para a compra, quantia insuficiente para o pagamento dos 73 aviões que pretende encomendar.

Depois de várias semanas de polêmica, o governo decidiu-se por duas etapas: as primeiras 40 aeronaves serão pagas com os € 5,1 bilhões disponíveis e o pagamento das demais 33 será resolvido pelo Parlamento eleito em setembro.

Os parceiros da Alemanha no projeto, que prevê a construção de 196 A400M, são a França, Grã-Bretanha, Espanha, Luxemburgo, Bélgica, Portugal e Turquia.

Erro humano – O ministro alemão da Defesa admitiu indícios de imprudência na morte de cinco soldados enquanto desarmavam um míssil no Afeganistão, no início de março.

Embora a Promotoria Pública alemã que investiga as responsabilidades pelas mortes de dois alemães e três dinamarqueses já tivesse admitido que a explosão pode ter ocorrido por negligência, a Bundeswehr (Forças Armadas Alemãs) não se pronunciou sobre o caso.

Tanto o semanário Spiegel como o Bild, jornal de maior circulação na Alemanha, publicaram que a explosão foi causada por imprudência e negligência. Os peritos em desarmamento de mísseis teriam decidido, contra o regulamento, não explodir todos os artefatos.

Alguns seriam desarmados e levados para treinamentos nas casernas alemãs. Na desativação, entretanto, teria havido uma série de irregularidades, como o uso de um martelo e uma chave de fendas e a proximidade de um grande número de soldados.

A Promotoria de Lüneburg, no norte do país, está apurando a responsabilidade de um primeiro-sargento de 31 anos de idade, que pode ser acusado de mortes e lesões corporais por negligência.