Schröder: chance histórica não deve ser perdida
13 de dezembro de 2002Na abertura do encontro de cúpula da União Européia, na noite passada (12), na Dinamarca, o chefe do governo alemão assegurou sua determinação em buscar o consenso nas questões mais polêmicas.
O social-democrata Gerhard Schröder apelou a todos os representantes de nações da União Européia que não percam o que chamou de chance histórica. "A Alemanha não vai cometer este erro", assegurou.
O primeiro-ministro da Dinamarca, Anders Fogh Rasmussen, por seu lado, advertiu para a possibilidade de fracassar a ampliação da comunidade. A Uniºao Européia vai formalizar a abertura para dez dos 13 países candidatos ao ingresso na comunidade: Chipre, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia, Malta, Polônia e República Tcheca.
Questões polêmicas - A maior ampliação da história da comunidade também representa uma integração histórica de países do antigo bloco soviético. Cinco dos dez vão ingressar no mesmo ano para a OTAN; três deles já são membros da aliança.
A aceitação dos dez novos países já é um fato consumado, a ser apenas formalizado em Copenhague. No entanto, a cúpula encara uma questão controversa: o futuro ingresso da Turquia. Como a União Européia já está negociando com a Bulgária e a Romênia, Ancara faz uma pressão cada vez maior sobre Bruxelas neste sentido.
A Grã-Bretanha, Itália e Espanha, entre outros, defendem que seja estipulada uma data para iniciar negociações com o governo de Ancara. Já a Alemanha e a França defendem um plano de etapas. Outra questão que ainda poderá render intensos debates em Copenhague é o financiamento da expansão da UE para o Leste Europeu.