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"Se infecções subirem, temos mecanismo de emergência"

7 de maio de 2020

Ao anunciar amplo relaxamento nas restrições devido ao coronavírus, Merkel afirma que país tem situação sob certo controle e pede que população siga colaborando. "Estamos em um ponto em que alcançamos a meta de desacelerar a propagação do vírus."

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Angela Merkel, chanceler federal alemã:

"Estamos em um ponto em que podemos dizer que alcançamos a meta de desacelerar a propagação do vírus e proteger nosso sistema de saúde de uma sobrecarga."

"Hoje discutimos por um longo tempo quais são as coisas que permanecem válidas, e aqui fica bem claro, sem uma longa discussão, que seguem obrigatórias a distância mínima de 1,5 metro e as máscaras em áreas públicas, especialmente no transporte público e nas lojas, e eventualmente em outros setores que agora deverão reabrir. E nós conversamos sobre as restrições de contato, que são um elemento essencial. E, portanto, decidimos que até 5 de junho essas restrições de contato continuarão valendo. Devido aos números baixos de infecção, deverá ser permitida a permanência em espaços públicos não apenas sozinho, com pessoas da mesma residência ou com mais uma pessoa, mas também com pessoas de outras residências."

"Analisamos também um grande número de outros setores, incluindo lojas que agora poderão reabrir sem limitação, mas com os conceitos de higiene. Sobre esportes de lazer, assim como a primeira e segunda divisão da Bundesliga que, a partir da segunda metade de maio poderão novamente retomar os jogos sob as regras aprovadas e testadas. E então decidimos que os estados, em suas áreas, desenvolverão um conceito futuro para setores que não quero mencionar aqui. E irão implementar a respectiva abertura passo a passo."

"Os estados garantirão que, nos distritos rurais ou cidades autônomas onde mais de 50 novas infecções por 100 mil habitantes tenham ocorrido nos últimos sete dias seja desenvolvido um conceito de restrição consistente, com o envolvimento das autoridades estatais."

"O que para mim é crucial, é que temos, não apenas um caminho para uma maior abertura, mas também temos um recurso comum que diz: se algo acontecer em algum lugar, se as infecções subirem em algum lugar, também temos um mecanismo de emergência e então não precisamos colocar um país inteiro em risco novamente e dar passos para trás, mas apenas em determinadas regiões. Em geral, para mim, essa é uma decisão equilibrada."

"Se não confiarmos que estados, prefeitos, conselhos estaduais, funcionários do sistema de saúde fazem um bom trabalho, então podemos fazer as malas, porque aqui não é mais a nossa Alemanha."

"Não reinstalamos os contatos como eram antes. Todos devem seguir regras de higiene, de distanciamento. E se todos as seguirem, então existe uma boa chance de que continue assim. Caso contrário, não teríamos tomado essas decisões. Eu disse que seguimos confiantes, mas acreditamos que, com as condições atuais, temos uma chance. No entanto, quero repetir que somos ainda mais dependentes da cooperação das pessoas."

"Com os números atuais de infecção que registramos, temos uma situação de certo controle, eu diria. Mas isso é sempre um determinado momento. Com cada contato adicional, precisamos ver se continua assim. Estamos agora diante de uma fase em que, naturalmente, haverá muito mais contatos do que antes."