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Aumenta número de mortos na Ucrânia

1 de fevereiro de 2015

Um dia após fracasso nas negociações por cessar-fogo no leste ucraniano, combates entre tropas de Kiev e separatistas deixam dezenas de mortos, inclusive civis. Situação é tensa nos arredores de Debaltseve.

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Symbolbild - Gefechte in der Ukraine
Foto: Getty Images/AFP/A. Boiko

Pelo menos 19 pessoas, entre soldados e civis, morreram neste domingo (01/02) durante confrontos entre as tropas do governo da Ucrânia e separatistas pró-russos no leste do país, na sequência do fracasso das negociações de um cessar-fogo para a região.

Segundo as Forças Armadas ucranianas, 13 soldados morreram e 20 ficaram feridos nas últimas 24 horas e, ao longo dos últimos dois dias, 28 militares foram mortos no leste ucraniano. Seis civis também morreram durante os combates em regiões próximas a Donetsk e Lugansk, principais palcos do conflito na região, segundo Kiev e separatistas.

Ainda de acordo com militares ucranianos, batalhas acirradas estão sendo travadas nos arredores da estratégica cidade de Debaltseve, sob controle de Kiev, que interliga por via ferroviária Donetsk e Lugansk, ocupada pelos rebeldes. Centenas dos 25 mil moradores de Debaltseve estão deixando suas casas em busca de um local seguro. Faltam água e energia em boa parte da região.

Apelo político

O presidente francês, François Hollande, a chanceler federal alemã, Angela Merkel, e o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, apelaram neste domingo para um "cessar-fogo imediato" no leste da Ucrânia. Os três conversaram durante 45 minutos ao telefone sobre o reacender dos confrontos entre tropas leais a Kiev e rebeldes pró-russos, e lamentaram o fracasso das conversações em Minsk neste sábado, segundo fonte da presidência francesa.

Após encontro na capital de Belarus, representantes ucranianos acusaram os separatistas de minarem o acordo. A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), também envolvida nas conversações de paz, assim como a Rússia, declarou que os negociadores dos rebeldes "não estão ainda preparados para discutir a implementação de um cessar-fogo e a retirada das armas pesadas".

Há uma crescente pressão internacional para se estancar a violência no leste da Ucrânia. Estados Unidos e a União Europeia impuseram sanções à Rússia por estar, alegadamente, ajudando os rebeldes, com armas e tropas, no leste da Ucrânia – sobretudo em Donetsk e Lugansk. A Rússia nega as acusações.

Na quinta-feira, o secretário americano de Estado, John Kerry, deve se encontrar com Poroshenko em Kiev para debater os conflitos no leste ucraniano.

Os combates no país já provocaram a morte de mais de 5,1 mil pessoas desde abril. Cerca de 900 mil estão desalojadas.

MSB/lusa/dpa/rtr