Sete razões para fazer um filme em Berlim
Conheça os principais motivos que levam cada vez mais cineastas a gravarem na capital alemã. Entre as vantagens, facilidade de obter financiamento, locações diversificadas e a colaboração da prefeitura.
Dinheiro dá em árvores
Bem, não exatamente, mas os subsídios estatais para filmes são bastante generosos na Alemanha: foram 29,3 milhões de euros só em 2013. Os fundos beneficiam desde produção até custos como distribuição. E parece que o dinheiro foi bem investido: 339 filmes foram feitos no ano passado e geraram receita de 134,2 milhões de euros.
Filmes de arte e comerciais
Os subsídios estatais não são só oferecidos para filmes de arte, mas também para filmes comerciais. No ano passado, sete filmes financiados pela cidade estavam na lista dos mais vistos do ano. Entre eles a comédia "Fack ju Göhte", de Bora Dagtekin (foto), com sete milhões de espectadores.
Um mundo de recursos
Desde a queda do Muro, Berlim tem se tornado um ponto de encontro para jovens criativos. As produtoras não têm mais que procurar muito para encontrar câmeras, figurinistas e designers. Outro facilitador é que as autoridades berlinenses são muito cooperativas na emissão de licenças de filmagem. Na foto o diretor Uzbeque Yalkin Tuychiev trabalhando no filme "Home for Samal".
Paraíso das locações
Berlim é um paraíso de locações para filmes de época. Às vezes é preciso apenas trocar alguns objetos para transportar a cena para outra era. "Operação Valquíria", com Tom Cruise, foi filmado em muitas de suas locações originais.
Parceria com Hollywood
Muitos filmes hollywoodianos já foram rodados em Berlim, o que atraiu a atenção extra de produtores internacionais para a capital alemã. "Bastardos inglórios", de Quentin Tarantino, e "Caçadores de obras-primas", de George Clooney (na foto ao lado de Matt Damon), foram em parte rodados em Berlim.
Longa tradição
A experiência de Berlim com o cinema é quase tão antiga quanto o próprio cinema. Em 1917, a Universum Film (UFA) foi fundada em resposta à concorrência internacional. De 1925 até a ascensão nazista, a UFA foi parceira dos estúdios de Hollywood. Foi usada também para produzir filmes de propaganda nazista até, após a guerra, ser privatizada. Na foto, Marlene Dietrich em "Noites de Amor" (1930).
Casa da nova geração
A capital alemã é atrativa principalmente para novos cineastas. Não só os subsídios estatais estão disponíveis para os diretores: o anual Festival de Berlim também inclui um programa especial chamado Talent Campus, que incentiva o intercâmbio entre realizadores. O jovem diretor Nuran David Calis (centro) recentemente filmou sua versão de "Woyceck", de Georg Büchner, com Tom Schilling estrelando.