Soldados da ONU atacados por rebeldes sírios em Golã escapam de cerco
31 de agosto de 2014Após sete horas de lutas e mudança noturna de posicionamento, todos os soldados filipinos da Força das Nações Unidas de Observação da Separação (Undof, na sigla em inglês) estão novamente em segurança nas Colinas de Golã, informou um porta-voz militar neste domingo (31/08) em Manila. "Estamos falando da grande fuga", afirmou.
Segundo o porta-voz, o último grupo de 40 soldados, que estavam encurralados, aproveitou a escuridão noturna para escapar em segurança. Anteriormente, eles travaram horas de lutas com os rebeldes. "Todos estão em posição segura. Deixamos nossa posição, mas trouxemos todas as nossas armas", afirmou o tenente filipino Ramon Zagala.
Ainda em cativeiro
No sábado, outro grupo de 35 filipinos já havia sido retirado com automóveis blindados do acampamento. Desde quinta-feira, mais de 70 soldados filipinos estavam cercados em seu acampamento nas Colinas de Golã por combatentes radicais islâmicos da Frente Al-Nusra, ligada à Al Qaeda.
No entanto, outros 44 soldados da missão da ONU, provenientes das Ilhas Fiji, ainda estão em poder das milícias islamistas. Os rebeldes sírios conquistaram na última quarta-feira o posto fronteiriço de Quneitra e capturaram os 44 soldados das Ilhas Fiji. A ONU informou neste sábado que continua negociando a libertação dos capacetes azuis.
Os soldados da Undof controlam a trégua estabelecida em 1974 entre a Síria e Israel, que ocupou as Colinas de Golã em 1967, anexando-as em 1981, fato que não é reconhecido internacionalmente. Uma parte das colinas continuou sob controle sírio. Por volta de 1.220 soldados provenientes de seis países – Índia, Irlanda, Nepal, Holanda, Filipinas e Ilhas Fiji – pertencem à missão Undof.
CA/dpa/afp