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SPD debate futuro da sigla no governo de Merkel

6 de dezembro de 2019

Sigla confirma guinada à esquerda ao ratificar nova liderança em convenção anual. Embora fim imediato da coalizão com os conservadores tenha sido descartado, legenda tenta decidir rumo após série de fracassos eleitorais.

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Norbert Walter-Borjans e Saskia Esken
Os novos líderes do SPD, Norbert Walter-Borjans e Saskia Esken, são da ala mais à esquerda do partidoFoto: picture-alliance/dpa/K. Nietfeld

O Partido Social-Democrata ratificou nesta sexta-feira (06/12) a nova liderança da legenda em sua convenção anual de três dias em Berlim. No evento, o partido decide os próximos passos sob comando de uma direção dupla formada por dois membros da ala mais à esquerda da sigla, críticos da coalizão com os conservadores da chanceler federal alemã, Angela Merkel.

Norbert Walter-Borjans, ex-secretário de Finanças do estado da Renânia do Norte-Vestfália, e a deputada Saskia Esken venceram na semana passada a eleição pela liderança do partido de centro-esquerda, com 53,06% dos votos.

Nesta sexta, eles foram confirmados para seus cargos. Walter-Borjans, obteve 89,2% dos votos dos delegados da convenção, enquanto Esken obteve 75,9%.

Walter-Borjans e Esken emergiram como fortes críticos da colaboração com a União Democrata Cristã (CDU) e sua legenda irmã na Baviera, a União Social Cristã (CSU), que atualmente governa a Alemanha. Eles ameaçaram retirar o SPD da aliança se os conservadores não renegociarem parte de seu acordo de coalizão – algo firmemente rejeitado pelos líderes do bloco CDU/CSU.

Essa ameaça parece estar fora de questão após a pressão de membros importantes do SPD, como o ministro das Finanças, Olaf Scholz – que perdeu a eleição para liderar o partido. Em vez disso, os novos líderes da legenda concordaram em um projeto de moção que apela ao diálogo com os conservadores sobre questões como mudança climática, aumento do salário mínimo e estabilização da economia.

A convenção anual do SPD acontece após uma série de derrotas eleitorais para o SPD, que levaram a ex-líder Andrea Nahles a deixar seu cargo em junho deste ano. As pesquisas mais recentes colocam o partido com 13%, em quarto lugar atrás dos conservadores de Merkel, dos Verdes e dos populistas de direita da Alternativa para a Alemanha (AfD).

MD/dpa/afp/efe

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