SPD e verdes: continuidade e renovação

A primeira rodada de negociações da coalizão vermelho-verde na Williy Brandt Haus, em Berlim, chegou ao fim nesta segunda-feira (1º) com uma boa notícia para os eleitores. Tanto os social-democratas, liderados pelo chanceler federal, Gerhard Schröder, como o Partido Verde rejeitaram categoricamente um aumento dos impostos como meio para sanear o orçamento público.

Por outro lado, Franz Müntefering, líder da bancada do Partido Social Democrático (SPD), defendeu cortes em todos os setores. Segundo ele, seriam necessários não apenas cortes de subvenções, como também a diminuição dos privilégios fiscais. Segundo a representante dos verdes nas deliberações, Kerstin Müller, isso se aplica em especial ao imposto ecológico, onde os regulamentos extraordinários acabam funcionando como uma forma de subvenção.

Entre as metas estabelecidas na segunda-feira está o equilíbrio do orçamento público. Além disso, definiu-se que todas as futuras resoluções deverão gerar mais empregos, crescimento e justiça.

Crescimento com justiça

A segunda rodada foi dedicada a uma avaliação dos pontos comuns ou controversos, nos principais setores políticos, para os próximos quatro anos. Social-democratas e verdes querem que crescimento e justiça sejam as marcas registradas da nova fase deste governo. "Seremos uma coalizão da renovação", afirmou a líder verde, Claudia Roth, nesta terça-feira.

Geração de emprego terá prioridade, com base numa rápida implementação das sugestões da comissão de estudos encabeçada por Peter Hartz. Outros aspectos centrais serão um fomento continuado à igualdade de direitos para as mulheres, um melhor sistema de defesa do consumidor e uma política do meio ambiente sustentável.