Suíça extradita Marin para os EUA
3 de novembro de 2015O ex-presidente da CBF José Maria Marin foi extraditado nesta terça-feira (03/11) pelas autoridades da Suíça para os Estados Unidos, afirmou o Ministério da Justiça e da Polícia do país alpino.
"José Maria Marin foi extraditado em 3 de novembro. Ele foi entregue em Zurique a dois policiais americanos, que o escoltaram até Nova York", afirmou um porta-voz do ministério.
As autoridades suíças comunicaram na semana passada que o cartola, que estava detido no país desde o fim de maio, havia concordado com sua extradição. Marin foi presidente do comitê organizador da Copa do Mundo de 2014.
Marin foi presidente da Confederação Brasileira de Futebol de 2012 até o último mês de abril. Ele é um dos sete dirigentes ligados à Fifa que foram detidos em maio em um hotel de Zurique, após serem indiciados pela Justiça americana sob a acusação de corrupção.
Fora o cartola brasileiro, apenas o ex-vice-presidente da Fifa Jeffrey Webb aceitou ser enviado para os Estados Unidos – ele foi extraditado em 15 de julho. Os outros cinco optaram por entrar com recursos contra a decisão e aguardam resposta da Justiça suíça.
Marin ainda é vice-presidente da CBF, mas está suspenso até que uma sentença seja anunciada pela Justiça americana. Se condenado, será banido da entidade. Se absolvido, deverá voltar a exercer sua função de dirigente na entidade.
O cartola será julgado em Nova York, onde possui residência. É possível que ele consiga o direito a prisão domiciliar, mas, para isso, terá que usar uma tornozeleira eletrônica. Marin terá que dizer se está ou não disposto a assumir eventuais crimes ou se vai se declarar inocente. Quanto mais colaborar com a Justiça, mais benefícios poderá ter. Não se descarta um acordo de "delação premiada".
Além de Marin e Webb, o grupo de dirigentes detidos inclui: Júlio Rocha (ex-presidente da federação nicaraguense); Costas Takkas (ex-dirigente da Concacaf), Eduardo Li (ex-presidente da federação costarriquenha), Eugenio Figueredo, (ex-presidente da Conmebol) e Rafael Esquivel (ex-presidente da federação venezuelana).
AS/efe/dpa