Suposto jihadista mata casal de policiais na França
14 de junho de 2016A polícia francesa matou na noite desta segunda-feira (13/06) um homem que esfaqueou um chefe de polícia e sua mulher, também policial, no subúrbio de Paris. As autoridades abriram uma investigação para apurar se o crime tem relação com o grupo extremista "Estado Islâmico" (EI).
O presidente francês, François Hollande, disse que o ataque foi "incontestavelmente um ato terrorista" e o classificou como "odioso".
"Luz será lançada sobre as circunstâncias deste drama abominável cuja investigação irá determinar a natureza exata", disse Hollande em comunicado. "A França está enfrentando uma ameaça terrorista muito significativa."
O ataque ocorreu em frente à casa onde o casal vivia em Magnanville, a 55 quilômetros da capital francesa. Depois de matar o policial, de 42 anos, o homem entrou na casa e fez a mulher e o filho da vítima reféns.
Depois de horas de negociações frustradas, policiais de elite entraram na casa e mataram o suspeito com um tiro.
O porta-voz do Ministério do Interior, Pierre-Henry Brandet, informou que a polícia conseguiu resgatar o menino de três anos, mas encontrou o policial e a mulher dele mortos.
Ligação com o EI
A agência de notícias Amaq, porta-voz do EI, noticiou o ataque. "Combatente do Estado Islâmico mata vice-chefe da delegacia de polícia da cidade de Les Mureaux [vizinha a Magnanville] e sua esposa", escreveu a agência em seu site, segundo o grupo de inteligência SITE.
Se a informação for confirmada, esse seria o primeiro ataque na França desde que foi decretado estado de emergência após os ataques de novembro do ano passado em Paris, que deixaram 130 mortos.
O homem foi identificado como Larossi Abbala, de 25 anos, que chegou a recrutar jihadistas no Paquistão. Abbala vivia em Mantes-la-Jolie, também no subúrbio de Paris. Em 2013, ele foi condenado a três anos de prisão por associação a organização terrorista.
O ministro do Interior, Bernard Cazeneuve, disse que mais de cem pessoas suspeitas de terem ligação com terrorismo foram presas neste ano na França.
KG/ap/afp