Terremotos matam centenas no Irã
12 de agosto de 2012Dois terremotos, com intervalo de apenas 11 minutos entre si, atingiram o noroeste do Irã neste sábado (11/08), deixando pelos menos 227 mortos e 1.400 feridos. Na região próxima à populosa cidade de Tabriz, pelo menos metade dos 600 vilarejos foram atingidos, sendo alguns completamente destruídos – segundo declarou o ministro iraniano do Interior, Mustafá Mohammed Najjar, para o canal de TV estatal.
Já neste domingo, as forças iranianas de busca e resgate anunciaram a suspensão de seus trabalhos. As autoridades querem concentrar esforços para garantir abrigo e alimentação aos sobreviventes. Milhares de tendas estão sendo montadas para os desabrigados.
Zona de abalos sísmicos
De acordo com o Instituto de Sismologia da Universidade de Teerã, o primeiro terremoto aconteceu às 16h53, horário local, e atingiu magnitude de 6,2 pontos na escala Richter. Seu epicentro encontrava-se a 60 quilômetros de distância de Tabriz. Apenas 11 minutos depois, houve um segundo terremotos de magnitude 6,0. Em seguida, pelo menos outros 20 tremores de menor intensidade, até 4,7 pontos, foram registrados em curto espaço de tempo.
Na região da catástrofe vivem mais de 128 mil pessoas. As cidades mais atingidas foram Ahar e Varzaghan. De acordo com a agência estatal de notícias Mehr & Fars, centenas de moradores saíram correndo das casas seriamente abaladas pelos tremores. Parte das redes de telefonia fixa, celular e de energia ficou desativada.
Terremotos são comuns no Irã, país localizado em zona de frequentes choques de placas tectônicas. Um dos mais devastadores ocorreu em dezembro de 2003, atingindo o sudoeste do país e matando 31 mil pessoas.
Ajuda da Alemanha
O presidente iraniano, Mahmud Ahmadinejad, lamentou o acontecimento e publicou na internet seus pêsames aos atingidos. Ele solicitou às autoridades locais que façam de tudo para ajudar a população atingida.
O ministro alemão do Exterior, Guido Westerwelle, enviou um telegrama de condolências ao colega de pasta iraniano Ali Akbar Salehi, oferecendo "ajudar o país nessa hora difícil". Ele lembrou o fato de o desastre ter ocorrido durante o mês do Ramadã, sagrado para os muçulmanos.
No momento, os países ocidentais mantêm relação difícil com o governo Ahmadinejad, devido ao controvertido programa nuclear iraniano.
MSB/afp,rtr
Revisão: Augusto Valente